Danilo Lanoa Cosenza (na foto, à esquerda) e Paulo André Nassar (na foto, à direita) são dois chefs - ou aspirantes a chef - jovens. Ambos têm 21 anos e cursam Direito - Danilo no Centro Universitário do Pará (Cesupa), Paulo André na Universidade Federal do Pará (UFPA).
Passaram a gostar de cozinhar não faz muito tempo. Mas desde que o fizeram pela primeira vez - Danilo há uns cinco anos, Paulo André há poucos meses -, tomaram gosto, literalmente. Não é raro convidarem amigos, nos finais de semana, para apreciarem os pratos que preparam. Na foto ao lado, por exemplo, aparecem preparando massa para fazer pizza. Recentemente, passaram a se assanhar pela cozinha japonesa e entraram num curso para fazer sushi. Já foram aprovados cum laude - com louvor, em bom português.
Eles estão dispostos a mostrar a cara, ou melhor, mostrar seus pratos de vez em quando aqui no Espaço Aberto. Começam agora. Ainda estão no início, mas como gostam do que fazem, em pouco tempo terão muito o que ensinar. Quando se tornarem famosos e ingressem no clube seleto da altíssima gastronomia - nem que seja aquela que fica no 16º andar de um edifício -, então poderão dizer, pelo menos, que o Espaço Aberto os lançou para o mundo da fama.
Com a palavra - aliás, com a receita -, os chefs.
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Lampredotto
Como primeiro passo a ser dado neste espaço, é importante esclarecer que temos a intenção de levar ao leitor receitas/dicas simples de serem feitas, mas com algum requinte, para garantir um diferencial.
Começaremos o toque de hoje –, aliás, toque não, porque não somos proctologistas e não queremos causar constrangimentos aos estimados leitores -, pois começaremos a dica de hoje explicando a origem desta receita.
As tacacazeiras de Belém são símbolos da cidade, tanto quanto as mangueiras, o Círio e a chuva das duas da tarde. Temos, em outras cidades, institutos cultural-gastronômicos equivalentes a elas: as vendedoras de acarajé em Salvador, as de hot-dog em Nova Iorque e suas primas menos conhecidas de Florença: as vendedoras de Lampredotto.
O lampredotto é um sanduíche encontrado em praticamente todas as praças de Florença, feito de bucho de boi – e não faça cara feia. Esta é uma outra forma de enxergar esta comida (muitas vezes) desprezada em nossa cozinha.
Separe aquele bucho triste do almoço e corte em fatias medianas. Aqueça a frigideira, coloque manteiga e agregue fatias grossas de cebola e tomate. Tome cuidado pra não queimar a manteiga, por isso use fogo médio. Feito o refogado, acrescente as fatias de bucho, uma colher de sobremesa de molho de pimenta de cheiro, de preferência com uma pimenta para ser amassado na frigideira, e deixe fritar por alguns minutos, até o bucho ficar dourado.
Uma dica, já que o ingrediente principal desta receita é acrescentar na fritada uma outra carne. Pode ser charque desfiado, bacon ou, na falta destes, um franguinho desfiado.
Passada essa etapa, já entramos na reta final. Escolha um bom pão careca (em Belém, uma boa pedida são as fornadas da Delicidade ou Armazém Santo Antônio). Corte e coloque o conteúdo da frigideira dentro do pão. Por fim, acrescente raspas de queijo parmesão ralado em casa. E não esqueça! Sanduíche bom é aquele comido com a mão.
Prometemos, na próxima semana, nossa dica será voltada para os paladares mais tradicionais. E terminamos nossa dica pedindo desculpas para os possíveis leitores florentinos por qualquer absurdo que tenhamos falado.
Começaremos o toque de hoje –, aliás, toque não, porque não somos proctologistas e não queremos causar constrangimentos aos estimados leitores -, pois começaremos a dica de hoje explicando a origem desta receita.
As tacacazeiras de Belém são símbolos da cidade, tanto quanto as mangueiras, o Círio e a chuva das duas da tarde. Temos, em outras cidades, institutos cultural-gastronômicos equivalentes a elas: as vendedoras de acarajé em Salvador, as de hot-dog em Nova Iorque e suas primas menos conhecidas de Florença: as vendedoras de Lampredotto.
O lampredotto é um sanduíche encontrado em praticamente todas as praças de Florença, feito de bucho de boi – e não faça cara feia. Esta é uma outra forma de enxergar esta comida (muitas vezes) desprezada em nossa cozinha.
Separe aquele bucho triste do almoço e corte em fatias medianas. Aqueça a frigideira, coloque manteiga e agregue fatias grossas de cebola e tomate. Tome cuidado pra não queimar a manteiga, por isso use fogo médio. Feito o refogado, acrescente as fatias de bucho, uma colher de sobremesa de molho de pimenta de cheiro, de preferência com uma pimenta para ser amassado na frigideira, e deixe fritar por alguns minutos, até o bucho ficar dourado.
Uma dica, já que o ingrediente principal desta receita é acrescentar na fritada uma outra carne. Pode ser charque desfiado, bacon ou, na falta destes, um franguinho desfiado.
Passada essa etapa, já entramos na reta final. Escolha um bom pão careca (em Belém, uma boa pedida são as fornadas da Delicidade ou Armazém Santo Antônio). Corte e coloque o conteúdo da frigideira dentro do pão. Por fim, acrescente raspas de queijo parmesão ralado em casa. E não esqueça! Sanduíche bom é aquele comido com a mão.
Prometemos, na próxima semana, nossa dica será voltada para os paladares mais tradicionais. E terminamos nossa dica pedindo desculpas para os possíveis leitores florentinos por qualquer absurdo que tenhamos falado.
5 comentários:
Muito bom! Preparei o meu com Bacon, ficou uma delícia!
Vou tentar a receita. Espero que seja tão agradável como a descrição me faz crer! Boa sorte aos novatos!
Com essa aprovação, vocês ainda vão conduzir Danilo e Paulo André ao Guia Michelin. Tomara que, quando chegarem lá, eles digam que foram lançados ao mundo da fama da gastronomia pelo Espaço Aberto (rssss).
Já mereciam uma coluna pela qualidade dos pratos por eles preparados. Vou tentar fazer parecido! Se der certo, chamo vocês para provarem e aprovarem.
Sucesso pros dois.
Não gosto de bucho, mas vou guardar a receita pra fazer com o próximo resto de dobradinha aqui de casa. A matéria está ótima, gostei muito da informalidade do texto da receita! Hehehe! Bem que poderiam tirar a Ana Maria Braga do ar e colocar vocês dois, né? Quem seria o Louro José? Hahaha!
Abração e muito sucesso!
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