sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Elon Musk, o "racista mesquinho" e "bajulador de ditadores", anuncia a nova política de liberdade de expressão no Twitter

Elon Musk, o novo dono do Twitter, acaba de anunciar, em postagem feita há pouco mais de 1 hora (vejam acima), que tuítes negativos e de ódio serão não apenas desmonetizados, o que já será um golpe para o haters profissionais, como também não serão encontrados, a menos que procurados especificamente.
De acordo com o bilionário, a partir de agora "a nova política do Twitter é liberdade de expressão, mas não liberdade de alcance", ou seja, tudo aquilo que o Tribunal de Twitter julgar como um abuso da liberdade de expressão, a postagem terá sua exposição restringida ao máximo, ao ponto de praticamente nem aparecer.
Musk esclareceu ainda que a desmonetização dos tuítes de ódios e a restrição de sua exposição "se aplica apenas ao tweet individual, não à conta inteira".
Tudo muito bom, tudo muito bem.
Essa medida de Musk já indica claramente o seguinte: a liberdade de expressão não é absoluta, como nenhum direito é absoluto. Daí não se confundir a vedação ao cometimento claro e escandaloso de crimes - como organizar o fechamento de rodovias pelas redes sociais, por exemplo - com censura à liberdade de expressão.
Se a medida de Musk, à primeira vista, é salutar, precisamos ver como é que o seu tribunal do bilionário vai reagir, por exemplo, se trumpistas golpistas (os equivalentes a bolsonaristas golpistas) começarem a se organizar qualquer dia desses, pelo Twitter, para invadir novamente o Capitólio, como já aconteceu sob o estímulo de Donald Trump, o maluco que vai se candidatar de novo a presidente dos Estados Unidos.
Aí, sim, um teste como esse seria magnífico para experimentarmos o nível de liberalidade de Elon Musk. É aí que vamos saber se o Twitter vai apenas liminar o alcance dessas postagens ou se vai banir a conta inteira de criminosos que estariam atentando contra a segurança nacional. Entenderam porque eu, pelo menos, ainda estou com 400 pés atrás em relação à liberalidade de Musk?
Xingamentos projetados - Aliás, depois que esse campeão anunciou a demissão de milhares de funcionários e avisou aos que ficaram que teriam de trabalhar "longas horas" e "ser extremamente hardcore" ou então se desligarem da empresa, começou um processo de demissão voluntária em massa dos empregados que não se dobraram à chantagem de Musk.
A situação chegou a um tal ponto de tensão que, nesta sexta-feira (18), os escritórios do Twitter amanheceram fechados e assim permanecerão até a próxima segunda-feira (21), quando, espera-se, a poeira terá sentado.
Enquanto isso, o próprio Twitter dissemina, em alcance de dimensões tuísticas, a projeção de frases na fachada do prédio-sede da rede social em São Francisco (EUA). No texto o empresário é chamado de "moleque medíocre", "bilionário inútil", "bajulador de ditadores" e "racista mesquinho", entre outros xingamentos.
Viva a liberdade de expressão!
Viva Elon Musk!

Um comentário:

Anônimo disse...

Tudo indica que a reportagem confundiu twitter com STF, Elon com Alexandre e alhos com bugalhos, deve ser overdose de Karl Marx ou Globolulismo mesmo.