segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Um Bolsonaro, enfim, nos oferece exemplo comovente de patriotismo. Grande dia para a nossa Pátria mãe gentil!

Um momento fofo de um patriota - ou o momento de um patriota fofo!: Eduardo Bolsonaro
leva a vida adoidado no Catar. No Brasil, patriotas golpistas, coitados, continuam na
frente dos quartéis, cheirando os excrementos uns dos outros.
Um grande dia para o humanidade.
Um grande dia para o patriotismo.
Um grande dia para o dito sentimento de brasilidade - seja lá o que isso signifique.
Um grande dia!
Porque o Brasil ganhou?
Não.
Não foi porque a Seleção Brasileira - mesmo amarrada, truncada, sem inspiração, às vezes sonolenta - ganhou e garantiu vaga nas oitavas de final da Copa do Catar.
O grande dia é porque vimos, com nossos próprios olhos, como é que um direitista extremado, um golpista - enrustido, mas nem tanto - exerce, ora bolas, o seu senso de patriotismo.
Eduardo Bolsonaro é um direitista extremado que às vezes arreganha, escancara e devassa os seus próprios anseios golpistas, quando já disse que, para fechar o Supremo, era necessário apenas um soldado e um cabo.
Terminada a eleição, Eduardo Bolsonaro, o nosso patriota, tratou de acelerar - ele e os outros dois Zeros, seus irmãos - os procedimentos para obter a cidadania italiana. Vai que, depois que papai encerrar oficialmente seus quatro anos de ociosidade, uma ordem de prisão seja endereçada à famiglia, né?
Enquanto trata de agilizar os papéis para dar no pé no País, nosso patriota pôs em marcha uma artimanha para levantar o moral de golpistas idiotas que se concentram em frente a quartéis: providenciou a divulgação de uma tal auditoria feita por um comparsa argentino, que comprovaria fraude nas urnas. A esperteza não deu certo.
Mesmo assim, Eduardo Patriota Bolsonaro, por meias palavras e ações subterrâneas, digamos assim, continou a insuflar a tropa de idiotas para que se mantenham na frente dos quartéis, clamando por um golpe.
Dedicados, fascistas e também idiotas, os bolsonaristas fiéis continuaram - como continuam - em frente a quartéis. Lá, enfrentam sol e chuva, servem-se de banheiros imundos, cheiram os excrementos uns dos outros e protagonizam cenas de comédia pastelão - inclusive cantando o Hino Nacional para um pneu ou agarrando-se a um caminhão.
Eis que chega o grande dia!
Eis que chega hoje.
Hoje, Eduardo Patriota nos comoveu.
Mostrou-se de corpo inteiro, alegre, risonho, fagueiro, gentil e interativo, tirando fotos no Catar, justamente no estádio em que o Brasil ganhou da Suíça.
Eduardo Patriota envergava, na ocasião, uma camisa da seleção daquelas tradicionais, amarelinha, e não a preta, que os bolsonaristas passaram a usar, para não os confundirem com esquerdistas e comunistas de modo geral, que resolveram vestir, literalmente, a camisa do selecionado.
E os golpistas patriotas e idiotas aqui no Brasil?
Aqui em Belém, por exemplo, um quatro ou cinco não arredaram pé da frente do 2º BIS, nem mesmo depois do jogo, quando desabou um toró daqueles.
"Enquanto estamos na frente dos quartéis, pela Liberdade e pelo Brasil, ele está curtindo a vida. Por isso eu não tenho político de estimação! Eu cobro deles! São nossos representantes e ganham muito bem pra isso!", deplorou uma bolsonarista no Twitter.
Um grande dia para a nossa Pátria mãe gentil!
Enfim, um Bolsonaro nos oferece exemplo pungente, tocante de patriotismo.
Com Eduardo Bolsonaro, o patriota, enfim eu estou compreendendo o que é patriotismo.
Mas, sinceramente, ainda custo a compreender como é que golpismo e patriotismo podem andar juntos, de mãos dadas, e ambos vestindo uma camisa amarela. Aqui no Brasil e no Catar.
Golpistas, mirem-se em Eduardo Patriota.
Avante, Pátria amada!

Um comentário:

Mirika Bemergui disse...

De lá do Catar, o Bananinha golpista , mas NÃO otário, manda FORÇA e CORAGEM aos PATRIOTÁRIOS adoradores do seu papito!!!🤣🤣🤣🤣🤣🤣