quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Tentar atrair Bolsonaro para o diálogo é perda de tempo. Porque ele é o caos, é a confusão, é a tragédia.

Bolsonaro: em décadas de vida pública, ele jamais sentou-se a uma mesa para dialogar com alguém

É de estarrecer, sinceramente, assistirmos a personagens de projeção na política brasileira externarem, ao vivo e em cores, sua certeza de que a crise institucional que vivemos é plenamente reversível, desde que Bolsonaro seja convencido a conversar.
São ingênuos, esses personagens.
Desde que começou na vida pública, Bolsonaro já ofereceu demonstrações - bastantes, fartas, eloquentes e deploráveis - de que não sabe conversar, não tem pendores para negociar de forma razoável com ninguém, não sabe o que é dialogar. Ele alimenta-se, compulsivamente, do desejo de criar baderna, confusão, tumulto. Nutre-se do prazer de absorver o negacionismo e promovê-lo à exaustão.
Em toda a sua vida pública de parlamentar, Bolsonaro jamais sentou-se a uma mesa para negociar com alguém.
Projetou-se simplesmente porque dedicou-se a externar sua misoginia, sua homofobia, sua exaltação de tortura. Chamou atenção ao demonstrar seus pendores inegáveis para pregar o ódio e a violência.
Como alguém pode esperar que agora, como um presidente acuado, comandando um governo sufocado por acusações de corrupção e responsável em atirar o país no caos econômico, como alguém, portanto, pode esperar que Bolsonaro abandone seu estilo bravateiro e passe a adotar conduta condizente com quem exerce o cargo de presidente da República?
Bolsonaro é a confusão.
É o caos.
É a maluquice.
É a idiotice.
É a tragédia.
Estão aí 580 mil mortos na pandemia.
Se isso não é um genocídio, o que será?

Um comentário:

Pedro do Fusca disse...

Porque tu não culpas os Governadores que desviaram o dinheiro para o tratamento da Covid? Esta sim que é a verdade!