terça-feira, 7 de setembro de 2021

Acabou o 7 de Setembro. E com ele, acabou Bolsonaro! Que acabou com o Brasil.

Bolsonaro faz discurso ameçador na Avenida Paulista: patético, degradante, chulo, idiota.
O presidente mais inapetente que o Brasil já teve em mais de 500 anos de história.

O 7 de Setembro pariu um rato.
Esperávamos, todos nós, que o 7 de Setembro dos bolsonaristas, convocado pelo próprio Bolsonaro, fosse uma espécie de exibição de um golpismo pintado com as cores - sempre enganosas - do salvacionismo, do resgate de valores patrióticos supostamente solapados por alguma razão.
Que nada!
O 7 de Setembro de Bolsonaro, em vez de exibir o viés salvacionista, para livrar a Nação do comunismo, do esquerdismo e de outros ismos que despertam manias persecutórias nos direitistas atarantados por seus medos e seu fanatismo, pariu a covardia, a baixeza, a idiotice, o desequilíbrio, a maluquice e o desapreço pelo respeito mínimo à etiqueta que deve ser seguida por quem exerce as funções democráticas de presidente da República.
O 7 de Setembro exibiu um Bolsonaro covarde.
Ele não tem coragem de assumir a sua condição de autocrata e põe em marcha seus delírios, buscando culpados nos que tentam frear suas maluquices.
O 7 de Setembro exibiu um Bolsonaro inebriado pela idiotice.
Quando diz, em alto e bom som, que o presidente do Supremo tem de "enquadrar" o ministro Alexandre de Moraes, ele se esquece que Moraes não é empregado de Luiz Fux; ele é um juiz, com independência, no exercício pleno de sua jurisdição. Nessa condição, não se subordina a ninguém, a não ser às leis e à Constituição.
O 7 de Setembro flagrou um Bolsonaro envergonhado de confessar seus temores.
O temor de Bolsonaro é apenas um: o de que ele ou seu filho Carlos, o Carluxo, sejam presos. Por isso, decidiu concentrar todo o seu ódio, todos os seus arroubos autoritários, todo o seu fanatismo em Alexandre de Moraes, sem atentar para o fato de que está, no final da contas, atacando o Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal, e não propriamente o ministro.
Na tentativa de blindar-se, e a um de seus filhos, contra eventuais repressões legítimas do Poder Judiciário, Bolsonaro fulaniza seus ódios e descarrega toda a sua falta de decoro contra um dos integrantes do Supremo. Com isso, acredita que está atacando uma pessoa. Mas não. Está atacando o Poder Judiciário, um dos pilares do Estado Democrático de Direito.
O 7 de Setembro estampou a preocupante ignorância de Bolsonaro. Uma ignorância tamanha (sesquipedal, diria o velho Nelson) que pode voltar-se contra ele mesmo.
Ao dizer que passará a não mais cumprir qualquer decisão que emane da "caneta" de Alexandre de Moraes, Bolsonaro ignora duas coisas: primeiro, que as decisões do ministro não são dele, Moraes, mas do Poder Judiciário; segundo, ignora que descumprimento de decisões judiciais dá ensejo ao cometimento de crime de responsabilidade, conforme previsto expressamente no inciso VIII do artigo 4º da Lei 1.070/1950. E crime de responsabilidade é passível de impeachment.
O 7 de Setembro flagrou Bolsonaro resvalando para o personalismo e para o passionalismo mais deletérios e vergonhosos.
O 7 de Setembro pariu a baixeza de Bolsonaro.
Sua alocução - atropelada, chula, desconectada de qualquer lógica e racionalidade - é pior do que a de um frequentador de boteco que vai embora para casa guiado apenas pelo piloto automático, após ter tomado todas.
Sua postura é, permanentemente, indecorosa, agressiva, destituída das mais rudimentares noções de conveniência.
O 7 de Setembro pariu um personagem desesperado com uma enorme rejeição politica e com sua inapetência para governar.
Bolsonaro é a inflação em disparada.
Bolsonaro é a gasolina nos píncaros.
Bolsonaro é o desemprego. São mais de 14 milhões de brasileiros que se veem na desditosa situação de não ter uma fonte de renda formal.
Bolsonaro é a mortandade (são mais de 580 mil mortos, vítimas de seu desgoverno genocida).
Bolsonaro é a crueldade. Em mais de um ano e meio de pandemia, jamais pisou num hospital para apertar a mão de um doente. Ao contrário, debocha da doença.
Bolsonaro é a corrupção - as revelações de que ele e os filhos cevaram-se, durante anos e anos, nas rachadinhas alimentadas por uma azeitada equipe criminosa que tinha de tudo, inclusive milicianos, essas revelações, portanto, são de estarrecer.
Acabou o 7 de Setembro.
E com ele, acabou Bolsonaro.
Que acabou com o Brasil.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Brasil se vê num total descrédito. Um dia que era de muita felicidade, em que todos usavam e estampavam com orgulho a bandeira do Brasil, passou a ser o dia de tristeza em que o brasileiro preferiu passear com a família em outros lugares, distante do momento de tanto orgulho. Salve Brasil, dessa desgraça que nos assola e vive dos desmandos e favores políticos.