quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Bolsonaro, o machão, o mito, o bravo soldado da Pátria, vira um boneco de pelúcia. Que acredita em Bolsonaro?

Bolsonaro, o bravo soldado da Pátria, em foto antiga. Agora, manso, manso, manso. Até quando?

O 7 de Setembro, conforme aqui se disse, acabou com Bolsonaro, que acabou com o Brasil.
Acabado, desgastado, desacreditado, perdido, desorientado, desnorteado e ignorante sobre os rumos a seguir depois de tudo o que fez, Bolsonaro surpreende o País com uma tal Declaração à Nação, redigida pelo ex-presidente Michel Temer.
A tal declaração não é bem uma declaração à Nação, é uma declaração patética da covardia de Bolsonaro.
É uma declaração que declara o oposto do que ali se contém.
É a declaração de que Bolsonaro, além de um covarde, é um irresponsável.
É a declaração de que não possui a menor capacidade para administrar sequer um clube de amigos que se reúne num boteco qualquer.
É a declaração de um desequilibrado, que hoje está desequilibrado e amanhã, mais ainda.
É a declaração de que não tem limites nos desatinos que comete.
Há dois dias, Bolsonaro era o bravateiro em cima de um palanque.
Era um bravateiro estendendo a vista para o horizonte próximo, achando que ali estava toda a Nação, pronta para ajudá-lo a dar um golpe.
Era um bravateiro dizendo que se recusaria a cumprir decisão da Corte Máxima do país, sem atentar que isso daria ensejo a seu impeachment.
Ali estava um bravateiro que convocou caminhoneiros para atos antidemocráticos, mas que se surpreendeu quando os fanáticos começaram a fechar estradas em todo o País.
Ali grunhia um bravateiro em êxtase, iludido de que alguns milhares de pessoas (na Avenida Paulista, calcula-se, eram uns 200 mil) eram a expressão da vontade de 210 milhões de brasileiros.
Em 48 horas, o machão, o mito, o destemido, o corajoso, o bravo soldado da Pátria pede perdão, pede desculpas, diz num telefonema a Alexandre de Moraes, a quem ofendeu, que as ofensas ocorreram, vejam só, no calor do momento.
Bolsonaro virou o boneco de pelúcia - inofensivo, cativante, amoldado para despertar o prazer, a alegria, a concórdia e a paz.
Nessa condição, ele diz que, agora, é o Brasil que importa.
Um Brasil que Bolsonaro destruiu, devastou, rebaixou ao abismo da vergonha.
Quem acredita em Bolsonaro?
Não acredite nele.
Porque, amanhã, Bolsonaro voltará a ser o que ele realmente é.

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