segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

No escurinho do cinema, chulé para cima

O que fazem os lanterninhas nos cinemas de Belém?
Eles ainda existem?
Se existem, ficam fazendo exatamente o quê durante as sessões?
No último sábado, na sessão das 17h do filme As Aventuras de Agamenon, o Repórter, a galera das últimas fileiras da sala 5 entendeu de espichar as pernas, apoiando os pés nas cadeiras da frente.
Alguns tiravam os calçados.
Outros pisavam nas cadeiras com calçado e tudo.
Esse povo, fora de brincadeira, não teria lugar nem nas piores estrebarias. Quanto mais em sala de cinema.
No escurinho do cinema, chulés para cima.
E explodam-se de indignação os indignados.
Aliás, essa cavalice toda - com o perdão dos cavalos - daria uma excelente pauta para as grandes matérias do Agamenon.
Putz!

4 comentários:

Anônimo disse...

Sabe aquela educação que só recebemos em casa, dos pais, não sei o que está acontecendo, mas parece que caiu de moda. O pior é que são pessoas que têm acesso aos melhores colégios e cursos de língua estrangira e por aí vai. Esse povo está precisando urgentemente de pai e mãe. Meu pai dizia que as igrejas deveriam fazer cursinho para pais e mães ao invés de cursinhos para noivos. É um caso para se pensar.

Yúdice Andrade disse...

Não teria sido castigo divino por ter ido ver essa beleza de filme?
Gosto, defendo e falo bem do cinema nacional. Mas não merecíamos ver uma tragédia dessas, para comprometer o esforço que tantos têm feito para que a nossa indústria cinematográfica alcance respeito internacional.
Enfim, foi só um desabafo.

Anônimo disse...

Quando vou ao cinema e não gosto do que estou assistindo, saio, não fico me portando com má educação. Simples assim.

Francisco Sidou disse...

Caro PB,
Também já sofri na pele, aliás no "cocoruto", os efeitos danosos dessa falta de educação e de civilidade nas salas de cinemas dos shoppings. Marmanjo com a namorada se aboleta na poltrona de trás e solta a perna com sapato e tudo na poltrona da frente, onde inadvertidamente me encontrava. Levei uma sapatada e ao olhar pra trás sabe o que ele me disse: "Desculpa aí, amigo, foi mal... Tão somente. Para não levar outrada sapatada mudei de lugar escolhendo uma poltrona onde não havia ninguém sentado atrás. Concordo com o anônimo, os pais e mães, notadamente os da chamada classe média, estão precisando urgentemente reciclar seus procedimentos e suas táticas de educação doméstica. Nenhuma escola do mundo vai ensinar marmanjos a se portarem como cidadãos responsáveis se eles não receberam lições de civilidade e boas maneiras em casa quando petizes. Cavalos , com certeza, são mais civilizados, caro PB, do que alguns jovens "bem nascidos" e "mal criados" que se acham intocáveis porque em casa seus pais sempre fizeram suas vontades, sem dizer aquele didático NÃO quando preciso. Crescem voluntariosos, pretensiosos e mal educados. Não costumam se dar muito bem sempre, pois acabam encontrando quem lhes dê nas ruas as lições de vida que não receberam em casa.