sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Justiça Eleitoral volta de férias: a fila recomeçou a andar

No blog de Lucia Hippolito:

Com a cassação do governador tucano Cassio Cunha Lima (PB), aprovada por unanimidade ontem à noite pelo TSE, a Justiça Eleitoral retoma os julgamentos dos governadores que estão com o mandato pendurado no tribunal. Já não era sem tempo.
O próximo da fila é o pedetista Jackon Lago, do Maranhão. Acusado de se beneficiar da distribuição de cestas básicas e kits salva-vidas pelo então governador José Reinaldo Tavares.
Seus apoiadores alegam que cassar Jackson Lago é condenar o Maranhão ao atraso. Isso porque a segunda colocada é Roseana Sarney.
Faz sentido, mas não se pode manter Jackson Lago no cargo, se o governador for considerado culpado por utilizar os mesmos métodos da família Sarney.
Em seguida vem o peemedebista Luiz Henrique da Silveira, de Santa Catarina, acusado de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e abuso de poder econômico.
Com a tragédia que abateu o estado no final do ano passado, o governador considerou que tinha despertado a comiseração do país todo – e consequentemente a boa vontade da Justiça Eleitoral. Mas será julgado e, se condenado, será inapelavelmente cassado.
O peemedebista Marcelo Miranda, de Tocantins, e o petista Marcelo Déda, de Sergipe, também são acusados de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e abuso de poder econômico.
Ivo Cassol, (PPS) de Rondônia, é acusado de compra de votos por meio de cabos eleitorais chamados de “formiguinhas”. Meigo, não?
Por sua vez, o tucano José de Anchieta Júnior, de Roraima, é acusado de abuso de poder político e econômico.
Finalmente, temos o pedetista Waldez de Góes, do Amapá, acusado de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e abuso de poder econômico.
Como se pode ver, uma lista que cobre o país de Norte a Sul. Uma lista que mostra que acusações de corrupção, abusos os mais variados e uso desavergonhado da máquina pública para se manter no poder não são exclusividade de um único partido.
Pau que dá em Chico também dá em Francisco.
Tomara que os ministros do TSE não demorem muito para dar o veredito. De um lado, não é justo que governadores inocentes estejam, desde 2007, governando com uma espada sobre a cabeça. De outro, também não é justo que o povo continue a ser governado por políticos culpados de malfeitorias.

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