sábado, 28 de fevereiro de 2009

Dom Orani deixará a arquidiocese de Belém

No AMAZÔNIA:

Dom Orani João Tempesta não é mais arcebispo metropolitano de Belém. Ontem o Vaticano anunciou oficialmente sua transferência para o Estado do Rio de Janeiro, onde ele assume a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de janeiro. Dom Orani foi nomeado, em Roma, pelo papa Bento XVI, para substituir dom Eusébio Oscar Scheid, que renunciou à Arquidiocese, no ano passado, ao completar 75 anos, como prevê o Código de Direito Canônico. Dom Orani, no entanto, vai continuar à frente da Arquidiocese de Belém até o dia 19 de abril, quando toma posse no Rio de Janeiro. Em Belém, com a saída de dom Orani, o cargo passa a ser ocupado por um administrador diocesano escolhido pelo Conselho de Consultores, que reúne 12 sacerdotes locais.
Dom Orani assumiu a Arquidiocese de Belém em dezembro de 2004, como substituto de dom Vicente Zico, que havia passado 23 anos no cargo. Apesar do pouco tempo em que esteve à frente da arquidiocese, o arcebispo se emocionou ao anunciar sua transferência para o Rio de Janeiro, ontem de manhã, na Cúria Metropolitana de Belém. O religioso disse que ficaria muito feliz se fosse convidado por seu substituto para visitar a cidade, em outubro, durante o Círio de Nazaré.
A nomeação de dom Orani como substituto de dom Eusébio já vinha sendo especulada desde o ano passado, quando o arcebispo carioca pediu renúncia do cargo. Anunciada oficialmente, ontem, às 12 horas, de Roma (8 horas de Brasília), a notícia não pegou dom Orani de surpresa. O arcebispo, na verdade, já sabia da nomeação desde o dia 20 de fevereiro, quando recebeu da Anunciatura da Igreja, o comunicado de que havia sido escolhido pelo papa. 'Se me perguntarem por que, entre tantos nomes, fui o escolhido, não saberia responder. Não estava nos meus planos deixar Belém nesse momento, mas sigo confiante no Senhor que conduz a Igreja', afirmou.
A nomeação do novo arcebispo de Belém, de acordo com dom Orani, deve levar de seis meses até um ano. Isso porque a Igreja deve, antes de nomear, ouvir sacerdotes locais, coletar indicações e traçar um perfil da Arquidiocese. Nesse processo, bispos e padres podem sugerir 'candidatos' ao cargo, mas a escolha final é feita pelo Vaticano, que a exemplo do que ocorreu na sucessão de dom Vicente Zico, pode indicar alguém de fora do Estado para assumir a arquidiocese. 'Qualquer nome que se mencione, agora, não passará de especulação', garantiu dom Orani.

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