Em O ESTADO DE S.PAULO:
Paulo Maluf, eterno candidato à Prefeitura de São Paulo, vem aí outra vez, desfraldando um novo bordão e um novo discurso. O slogan - contribuição de um taxista - é “com Maluf, não fica como está”. O discurso foi ligeiramente adaptado: numa cidade de trânsito encalacrado que joga 600 veículos novos nas ruas a cada dia, o deputado e ex-prefeito vai esquecer a velha pregação pela construção de novas avenidas, viadutos e túneis . A idéia é inverter a proposta, ofertando investimentos maciços em transporte de massa.
Agora, Maluf desfia crença na luta contra a poluição e prega por mais qualidade de vida. “Na cidade a qualidade de vida piorou muito, o trânsito, a poluição e coisas que não dependem tanto do prefeito, como a segurança pública”, observa.
Mas, apesar do envoltório humanista, a todo momento relembra a essência do discurso antigo - e assume o papel do engenheiro de obras viárias monumentais: “Você não anda um quilômetro em São Paulo sem ver uma obra minha.” As soluções para os velhos problemas são simples, ao menos no discurso: “Outro dia um eleitor me disse que mora na Vila Mariana e trabalha no Tatuapé. ‘Como é que eu faço?’, me perguntou. Eu disse: meu filho, vá morar perto do seu trabalho.”
Na campanha, será o marqueteiro de si mesmo. “Sem campanha, estou entre 10% e 12%. Com campanha, vou subir. Alguém vai cair.” E ressalta, ao velho estilo: “Eu vou resolver os problemas da cidade de São Paulo, ou não me chamo Paulo Maluf.”
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