sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Cunha não é um qualquer. Por isso, deve renunciar.


Leitores do Espaço Aberto - alguns poucos, felizmente - acham estranho que o blog defenda a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara dos Deputados por ter sido denunciado pela Procuradoria Geral da República pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
O argumento básico é de que a denúncia precisará ainda ser julgada pelo Supremo. Nesse caso, Cunha será réu. E qualquer réu, até o julgamento, não pode ser tido como culpado por antecipação.
Perfeito.
Ponto para esses leitores que cultuam a presunção da inocência - um princípio, aliás, amplamente consagrado em todas as sociedade que se assentam no Estado Democrático de Direito.
Mas olhem, meu caros, Eduardo Cunha não é um qualquer.
Ele é o presidente da Câmara dos Deputados.
As provas oferecidas contra ele são fortíssimas.
Cunha é o terceiro na linha sucessória presidencial.
Como presidente da Câmara, ele poderá eventualmente presidir um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Como poderá fazê-lo na condição de suspeito de práticas corruptas e na condição de réu que está sendo alvo de denúncia que pretende compeli-lo a devolver R$ 277 milhões aos cofres públicos?
Como?
Digam aí vocês.

8 comentários:

Anônimo disse...

Se a Dilma ficou, por que ele tem de sair?
Lembre-se que Janot só não denunciou a Dilma por conta da irresponsabilidade dos atos do presidente em crimes considerados comuns (corrupção, lavagem, etc), quando está no cargo. Somente quando sair é que poderá ser denunciada.

Anônimo disse...

E a Dilma não é suspeita de nada????? Ah tá...
Igual ao molusco, nada sabia da Petrobras?
Todos são farinha do mesmo saco.
Merecem-se.


Anônimo disse...

Temos que levar em conta que a não indiciação de um suspeito de crime pode ser por dois motivos:

1. por flata de provas do crime a si atribuído - não tem provas que o coloquem na cena do crime;

2. por insufuciência de provas - tem provas, mas não são robustas o suficiente para incriminá-lo

Ao que parece, Cunha, se aquadrado nas hipóteses acima, é na segunda...
levando-se em conta a última manifestação dele (Cunha) de que se cair, leva todo mundo...assumiu que fez e sabe quem são os outros que também fizeram...

Tem que sair sim...não podemos correr risco de tê-lo nem um segundo como presidente - até porque basta mesmo um segundo para que faça m****

Para bom entendedor... disse...

O modus operandi e implacável do Eduardo Cunha era de conhecimento dos seus "pares e ímpares". Alguns dizem que sabiam do lado "bandido", mas não contavam que ele chegasse a tanto (milhões de dólares...). Assim mesmo, o elegeram para a Presidência da Câmera e, a justificativa: "Estava na hora de quebrar a hegemonia do PT. Ou ele, ou Chinaglia, heis a questão".

Eduardo Cunha serviu para enfrentar e enfraquecer o "PT". Foi o bastante, ou não completou o serviço?

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Há anos, ouvi em uma roda de amigos: "Não tem jeito... para enfrentar e parar um bandido poderoso e de alta periculosidade, só mesmo um policial e um promotor igualmente bandidos... Bonzinhos e fiéis seguidores do 'tudo dentro da Lei' são facilmente neutralizados...".

Por falar em bandidos, crimes, violência, políticos, sistemas e esquemas, máfias, cartéis, pixulecos... vide essa entrevista com o filho de Pablo Escobar: http://www.publico.pt/mundo/noticia/o-filho-de-um-bom-pai-e-de-um-optimo-bandido-1692754

Anônimo disse...

Neste caso a presunção de inocência se realiza com o fato de Eduardo Cunha responder a ação penal em liberdade. Permanecer ou não na presidência da Câmara não é fato alcançado no âmbito de incidência da garantia constitucional de não culpabilidade. A questão que se coloca aí é ético-política : é possível e desejável que o Presidente da Câmara dos Deputados seja alguém sobre quem existem tantas indicações de ter cometidos crimes ao ponto do MP denúncia-lo ao STF ? No mínimo um afastamento temporário seria o mais indicado, até pelo menos um posicionamento do STF sobre aceitação ou não da denúncia.

Anônimo disse...

A Dilma nada sabia na Petrobras chega a ser uma afirmação risível, por isso que ela deve afastar-se da presidência da República até que terminem as investigações da Lava-Jato.
Ademais, o ministro que ela nomeou recentemente, nem o relator da Lava-Jato, Teori, deveriam atuar nesse processo no âmbito do STF, porque não é, também, ético-moral.
A ética e a moral deve prevalecer a todos e não somente para o Cunha.

MARCIO VASCONCELOS disse...

E O Mercadante que também foi apontado como recebedor de proprina, pelo mesmo delator que acusou CUNHA, por que ele não renuncia?
E o Ministro Edinho, que também foi apontado como bandido , pelo mesmo delator, ele vai renunciar?
Os Ministros só não vão renunciar, como ainda tem a cara de pau de apontar para a população que protesta pacificamente, como gente da "elite " branca.
E sabe o que eles dizem em sua defesa, é que são inocentes.
Dessa forma, CUNHA, está certo em ficar no cargo, pois, a Denúncia foi apresentada, e terá que ser recebida pelo pleno do STF, e após isso, o CUNHA terá o amplo direito de defesa no STF, igual aos Ministros inocentes de DILMA

Anônimo disse...

CUNHA, AO QUE SE SABE, GASTOU ALGUNS MILHÕES PARA ANGARIAR VOTOS DE DEPUTADOS FEDERAIS PARA CONSEGUIR SER ELEITO PRESIDENTE DA CÂMARA, VIAJANDO DE JATO PARA TODOS OS ESTADOS DA FEDERAÇÃO.QUEM FINANCIOU? COM QUE INTENCÃO?ELE, COMO É NOTÓRIO, TEM SIDO COMO PRESIDENTE DA CÂMARA O FATOR X DA CRISE POLÍTICA, MOTOR PARA AGRAVAR OS EFEITOS DA CRISE ECONÔMICA NO BRASIL.ESTE SENHOR NÃO ESTÁ NEM UM POUCO PREOCUPADO COM O FUTURO SUSTENTÁVEL DO BRASIL.ME PARECE QUE O QUE O MOVE É O QUANTO PIOR MELHOR. PARA QUEM?