quinta-feira, 5 de março de 2015

Dilma nas cordas. Viva Renan, o nosso presidente!


Renan Calheiros e Aécio Neves: dia 4 de fevereiro de 2015
Renan Calheiros e Aécio Neves: dia 3 de março de 2015


Dilma está nas cordas – ela e seu governo.
Socada, muquiada, alvo de escorregadas, tombos, tropeções e safanões que petrolões, fisiologismos e articulações disparatadas produziram à farta desde janeiro, quando assumiu para o segundo mandato, a presidente, usando a linguagem – e a imagem – tão afeita aos aficcionados do MMA – está a ponto de ser finalizada. Mas tomara que não o seja.
Para não pedir lona, para não bater no chão indicando ao juiz que não aguenta mais a sova dos adversários, dos disparates e contradições de seu próprio governo, a presidente tenta reagir, mas não consegue.
No próximo domingo, Dia Internacional da Mulher, Dilma fará mais uma tentativa: vai à televisão para prestar uma homenagem às brasileiras, mas o que todos vão ver é uma presidente que tenta sair das cordas e retomar a iniciativa. Mas como?
Dilma não é mais ela e suas circunstâncias – parodiando a máxima de Ortega y Gasset. Dilma, em verdade, é ela e as circunstâncias dos outros. Como desse gigante, desse heróico Renan Calheiros, Sua Excelência o presidente do Senado, e de seu similar – ou semelhante -, o também gigante e heróico Eduardo Cunha, ambos do PMDB.
Renan, até duas ou três semanas atrás, era um sabujo governista, mesmo expondo-se a ter seu conceito mais rebaixado do que sempre esteve e ainda que disfarçasse a sabujice, adornando-a de um certo verniz de independência na condição de presidente do augusto do Congresso Nacional.
Foi nesse papel, a de sabujo dos governo Dilma, que Renan protagonizou um bate-boca com o líder das oposições, o tucano Aécio Neves (PSDB-MG), que lá pelas tantas disse assim: “Vossa Excelência apequena esta Casa”.
Viva Aécio, o presidente – derrotado – de todos brasileiros!
Isso foi no dia 4 de fevereiro. Na última terça-feira à noite, 3 de março, portanto um mês depois do barraco a que todos assistimos no plenário do Congresso, o mesmo Aécio, ele mesmo, subiu até a Mesa, onde estava Renan, para cumprimentá-lo por ter devolvido ao Executivo a MP que revisa as regras da desoneração da folha de pagamento de setores produtivos.
Na ocasião, Aécio, aquele mesmo de 4 de fevereiro, disse assim no dia 3 de março: “Tivemos embates diversos, mas Vossa Excelência se comporta, neste instante, como presidente do Congresso Nacional e de todos os brasileiros”.
Hehehe.
Dilma nas cordas.
Viva Renan, o nosso herói, o presidente de todos os brasileiros!
Viva Aécio, o presidente – derrotado – de todos os brasileiros!
Os dois, Renan e Aécio, são eles e suas circunstâncias.
Dilma é ela e as circunstâncias... dos outros.

3 comentários:

Anônimo disse...

Mandou bem, seu Espaço.
Ocasiões e circunstâncias fazem parte do , digamos, DNA dos nossos políticos.
Geralmente as ocasiões os fazem vilões...mas...os cumpanherus Lula e Dilma atropelaram até o Código de Ética da malandragem, égua!

E viva o dólar de "treis reau"! (culpa do FHC, ohhh!)

Anônimo disse...

Assim como, na mesma sessão, o Renan pediu desculpas ao Aécio, em público, e sem qualquer tipo de ressentimento pelo bate-boca de um mês antes, já sabendo que seu nome estava no "listão" do Janot

Anônimo disse...

Assim como, na mesma sessão, o Renan pediu desculpas ao Aécio, em público, e sem qualquer tipo de ressentimento pelo bate-boca de um mês antes, já sabendo que seu nome estava no "listão" do Janot