quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Mundurucus com a Generalíssimo é zona de altíssimo risco


O cruzamento da Mundurucus com a Generalíssimo (acima, na imagem do Google Maps, e abaixo, no mapa do mesmo site) onde o delegado-geral Rilmar Firmino foi baleado em assalto, na madrugada do último domingo, é um dos mais perigosos de Belém.
Há quatro anos, bem pertinho dali, precisamente a um quarteirão, na Generalíssimo com a Conselheiro Furtado, um magistrado foi abordado por bandidos quando voltava para casa, num carro oficial. Ele e o motorista ficaram reféns de dois assaltantes por alguns minutos. Só não foram mortos porque os bandidos não descobriram a profissão de um das vítimas, no caso o juiz.
Também no mesmo local onde o delegado-geral foi alvo do banditismo, um leitor do Espaço Aberto viu-se presa de dois assaltantes, ao lado da namorada.
É possível que agora, depois que o segundo nome mais importante na estrutura da Segurança Pública do Pará quase perde a vida, o local passe a ser mais policiado.
Mas é a tal coisa: cruzamentos como o da Mundurucus com a Generalíssimo há trocentos mil em Belém.
Vai adiantar alguma coisa reforçar o policiamento neste, enquanto os outros sempre continuarão como zonas de risco para quem trafega sobretudo à noite?


4 comentários:

Anônimo disse...

O que o governo do Estado tem que fazer é tentar trazer grandes indústrias para cá, para ver se, daqui a 20 anos, o quadro muda. De outro modo é só lari lari...

Anônimo disse...

A resposta das ooridadis da segurança, entra e sai governo, é a mesmíssima:
"- temos trocentas viaturas, dezenas de motos, cavalaria e UPP's fazendo rondas na área."...
Não muda nada e nada muda.
Chegamos a conclusão de que a bandidagem de bike, moto ou carro, esteve e estará sempre bem mais à frente do que o aparato da segurança pública.
Triste realidade: bandidos "série A" ganhando de goleada da segurança "série D".

Anônimo disse...

Caro Poster. Infelizmente a questão da violência parece sem controle e Belém está neste barco. Antes morava no centro da cidade e fui duas vezes "limpo" ao chegar em meu prédio na Batista Campos. Repensei a vida e decidi inverter a moradia (foi muito complicado convencer a família). Fiz ver que era necessário em função da vulnerabilidade aos assaltos. Resultado: Fomos morar em um bairro na periferia de Belém, hoje sou "considerado" entre os muitos suspeitos, mas havia três anos que não sou assaltado, nem mesmo parado. Ache que está havendo uma inversão. A malandragem está atacando no centro e deixando os seus setores (periferia)para se viciarem e encherem a cara. Se "EU", um simples cidadão de classe média alta, percebi isso, será que as autoridades constituídas ainda não perceberam ? Uma informação: nem os condomínios são mais seguros. A malandragem está plantando agentes dentro das casas e aps. Isso percebi ao vir para a periferia de Belém. Ah! o alto IPTU e as taxas condominiais que pagava, compro cestas básicas para amenizar a fome em algumas casas da periferia (E isso a malandragem enxerga e reconhece).

Anônimo disse...

Ainda que as nossas polícias sejam deficientes , nunca haverá efetivos policiais para cada esquina das cidades brasileiras, seja elas no Pará, sejam elas no Sergipe, menos ainda perto do delicioso Big Mengão.

Há anos bato na mesma tecla : é preciso mudar o Código Penal e o Código de Processo Penal, aumentando as penas, diminuindo os recursos, agilizando a nossa lentíssima Justiça(é com maiúscula mesmo?), acabando com a balela de "que ninguém é culpado até o trânsito em julgado", o que demora, na média brasileira, sempre mais de 10 anos(10 anos em que o bandido permanece solto e continua suas ações delituosas, diga-se por oportuno), e acabar com a falaciosa visão de que a prisão não redime ninguém(perdão meu caro Yúdice), portanto deixemos os bandidos soltos ou cumprindo penas alternativas..

Alguém imagina que um estelionatário processado fica em casa, bonzinho, rezando diariamente e indo visitar os velhinhos no asilo durante os 10 longos anos em que tramitará o seu processo?

É claro que não. Continuará subtraindo dinheiro dos outros, dos velhinhos e dos padres e pastores, com certeza. E o pior é que sua pena nunca será de mais de 2 ou 3 anos, a ser cumprida no semi aberto ou em "prestação de serviços a comunidade".

Ainda que não redima, como não redime mesmo, a função da pena, como diz o nome, é apenar, penalizar. Pena não deve ter o caráter de redimir. Pena deve ter o caráter de penalizar, tirar o criminoso do convívio social. Veja-se os índices de reincidência entre ex-detentos. Altíssimo.

E tem mais : vemos condenações de 200, 300 anos, mas os delinquentes não ficam nem 15 anos presos, mesmo após chacinas, como foi o caso da Candelária. A chacina dos sete menores e um jovem maior de idade ocorreu em 23 de julho de 1993. Dez anos depois - vejam bem, 10 anos - saiu a sentença, condenando os PM's canalhas a penas de até 300 anos.

Um deles foi condenado a 204 anos de prisão, mas, beleza de legislação, foi indultado pelo Presidente Lula em 2008(o crime ocorreu antes da entrada em vigor da Lei nº 8.930/94, que então incluiu o homicídio no rol dos crimes hediondos). Então ficamos assim : o canalha matou 8 pessoas e cumpriu uma pena de 12 ou 13 anos, recebendo um indulto presidencial.

É por isso que nossos cruzamentos estão cheios de delinquentes, bandidos, canalhas(alguns passam por ali motorizados, claro), que não têm o mínimo medo da lei, de serem penalizados. Sabem que a legislação os protege.

E nós é que fiquemos presos, com a nossa liberdade surrupiada por uma legislação caduca e permissiva, feita por políticos que , em número enorme, passeiam impunemente por boa parte de um Código Penal do qual são co-autores.

Kenneth Fleming