quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Bororó e Pirão quase vão às lágrimas. Por Nunes.


Vejam vocês como é a parada.
Repórteres que estavam presentes à apuração de votos, ao término da eleição que reelegeu Antônio Carlos Nunes de Lima, o nosso simpático coronel, para o seu milésimo mandato à frente da Federação de Futebol (FPF), contam ao Espaço Aberto que foi de comover as efusões externadas por dois personagens presentes.
Um deles, o presidente do Remo, Sua Excelência o vereador Zeca Pirão.
O outro era Maurício Bororó, também diretor do Remo, eleito vice-presidente na chapa de Nunes.
Ambos, contam coleguinhas ao poster, estavam justamente emocionados.
Por que Nunes ganhou?
Nem tanto.
Estavam inebriados porque Luiz Omar Pinheiro perdeu. Ficou em segundo lugar, mas perdeu.
Estavam à beira das lágrimas porque, perdendo Luiz Omar, o Paysandu também perdeu. E o Remo ganhou.
Ah é?
Mas não é esse povo todo que não que não pode ver um microfone pela frente que vai logo sacando da caixola aquela tese de que é preciso união, só a união, sempre a união pelo bem do futebol paraense?
Conversa fiada, meus caros.
Conversa fiada.
É como já se disse aqui: Nunes não está à frente da FPF há 15 anos apenas porque é o mais denodado, o mais apaixonado, o mais bem intencionado, o mais empenhado, o mais simpático e envolvente cartola que, nas últimas décadas, passou pelo futebol do Pará.
Não.
Ele está lá porque alguém o mantém no posto, no caso os presidentes de ligas do interior e os dirigentes de clubes.
Dirigentes como Zeca Pirão, Maurício Bororó.
Nunes está lá porque mima seus apoiadores com o mesmo estilo benemerente com que, ora bolas, mima e presenteia até clubes de pelada ou agremiações que disputam campeonatos internos com algumas bolinhas, para que nunca se esqueçam dele, o nosso simpático coronel.
Se Pirão, Bororó e Luiz Omar, representantes dos dois maiores clubes do Pará, agissem um pouco mais com a razão, se estivessem mesmo dispostos a colocar em prática as boas intenções que apregoam em todo lugar, certamente haveria de catalisar apoios e interesses para acabar com capitanias hereditárias, como as que se tornaram entidades que nem a Federação Paraense de Futebol.
Em vez disso, os três personagens preferem cultivar, mesmo fora de campo, rivalidades que até podem ser divertidas, mas na prática destroçam mínimos, comezinhos, básicos, reles princípios de gestão, um dos fatores que fazem com que um dos maiores clubes do Pará tenha sido arrastado para a Terceira Divisão, enquanto o outro nem mesmo divisão tem.
Pode isso, Arnaldo?
Claro que pode.
Que o diga o nosso coronel.
Que o digam os que o reelegem há trocentos anos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Existe um círculo vicioso. Quem elege o pte. da CBF são as federações,que recebem mensalmente uma verba. Quem elege o pte. da FPF são as ligas municipais, não são os clubes da capital, que são minoria. O que as ligas recebem? Boa pergunta...

Anônimo disse...

Lamentável que os dirigentes, todos, do querido Clube do Remo, finjam que se esqueceram das "grandes ajudas" do coronel nos últimos dez anos.
Seguidos anos de declínio da instituição Clube do Remo, com a luxuosa omissão do tal coronel que sorriu e assistiu a derrocada azulina do seu trono, sem acenar com nenhuma interferência a favor, só contra.