Responsável pelo inquérito civil instaurado na sexta-feira (29/12) contra a empresa responsável pelo aplicativo Lulu, o promotor Leonardo Bessa vai investigar também o aplicativo Tubby. Para Bessa, a forma de funcionamento dos aplicativos junto ao Facebook ofenderia o direito à privacidade e a honra dos consumidores. “Foi instaurado um inquérito para apurar direitinho essa notícia. Fiquei sabendo da existência do Tubby ontem [segunda-feira], que também será investigado", afirmou o membro do MP-DFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios).
A avaliação de rapazes realizada através do aplicativo Lulu tem causado polêmica nas redes sociais, tanto que gerou a versão masculina chamada Tubby. Tal como o Lulu, o novo programa dará notas de forma anônima. O MP decidiu investigar o Tubby antes dele estar no mercado. O aplicativo só deverá estar apto para download a partir desta quarta-feira (4/12).
O inquérito pode durar de dois a seis meses. Quando estiver concluído “as empresas poderão ser obrigadas a adequar a conduta, conforme sugestão do Ministério Público. Se isso não ocorrer o MP pode levar esta discussão ao judiciário e pedir indenização por dano moral coletivo e o juiz pode determinar que o aplicativo só funcione mediante previa autorização dos interessados”, informa o promotor.
A assessoria de comunicação do Lulu no Brasil informou que a empresa, com sede em Londres, ainda não recebeu nenhuma notificação e assim que receberem a Luluvise Incorporation deverá apresentar um posicionamento sobre o caso.
Lulu e Tubby
O Lulu surgiu nos Estados Unidos em fevereiro deste ano. O aplicativo foi criado pela britânica Alexandra Chong e já conta com mais de um milhão de usuárias naquele país. Segundo Chong, a ferramenta tem o objetivo de dar poder às mulheres para elas tomarem "decisões inteligentes em relação aos homens".
Já o Tubby foi desenvolvido no Brasil. O aplicativo tem esse nome em uma alusão ao Bolinha (tradução em português para o nome da personagem amigo da Luluzinha). Segundo os responsáveis pelo produto, o aplicativo estará apto para download a partir desta quarta-feira (4/12).
Tanto para o Lulu quanto para o Tubby, as pessoas que não quiserem ser avaliadas podem pedir o descadastramento do serviço enviando um pedido para os aplicativos.
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