Se não chega a ser uma palavra de ordem, está implícito, entre os integrantes do primeiro escalão do prefeito Zenaldo Coutinho, que não é recomendável ficar insistindo em transferir as responsabilidades pelo cenário de terra arrasada em que Belém se encontra à gestão anterior, de Duciomar Costa, o huno que dizimou a cidade com capricho cirúrgico, durante oito anos consecutivos.
Sim, politicamente essa é uma deliberação adequada, porque falar no governo Duciomar Costa a cada mazela que se encontra - e muitas foram agravadas no governo dele - configuraria uma postura escapista da nova gestão, que precisa olhar para a frente e desincumbir-se dos desafios de administrar com um mínimo de eficiência uma cidade que foi inadministrada durante quase uma década por uma mesma pessoa.
Mas não há dúvida de que o alcance, as dimensões das irresponsabilidades da gestão Duciomar Costa não permitem a ninguém esquecê-las, passar uma borracha sobre elas. Porque são graves demais.
A revelação do novo prefeito, de que será necessário refazer todo o projeto do BRT, expurgando-o, inclusive, de parte da mureta que separa a via por onde trafegarão os ônibus do leito da avenida Almirante Barroso, essa revelação, portanto, seria suficiente para demonstrar a quantas chegaram a negligência e o desprezo de Duciomar pela cidade.
Da mesma forma, a informação prestada em entrevista à TV Liberal pelo novo secretário de Saneamento e Urbanismo, Luiz Otávio da Mota Pereira, de que muito provavelmente a limpeza dos pontos críticos de Belém, inclusive e sobretudo os canais, não vinha sendo feita nos últimos seis meses da gestão Duciomar, expõe cruamente a face mais devastadora do governo anterior.
Pois é assim mesmo: quanto mais tentamos esquecer o governo Duciomar, mais nos lembramos dele.
Putz!
Um comentário:
Rapaz, hoje de manhã, domingo (13), ainda têm espalhados pelo asfalto e pela calçada os restos da mangueira que foi retirada logo no início da semana passada. Que coisa! Está igual ao Duciomar esse prefeito!
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