O gramado do Mangueirão não é gramado. É um escárnio.

Então é assim.
Nunca antes, jamais, em tempo algum de sua história, a Tuna Luso Brasileira viu tanto dinheiro no caixa.
No jogo de ontem contra o Remo, que atraiu cerca de 16 mil torcedores ao Mangueirão, a renda chegou a R$ 166 mil.
A Tuna vai enfiar em suas burras, limpos limpíssimos, cerca de R$ 100 mil.
Se essa questão interessa apenas à Tuna, que perdeu por 2 a 0 mas faturou nas costas do Leão (com todo o respeito ao Leão, é claro), uma outra questão interessa a todos os clubes paraenses.
Trata-se do gramado do Mangueirão.
Horrível.
Horroroso.
Tenebroso.
O gramado do Mangueirão, como diriam nossos coleguinhas d'antanho, está "impraticável para o esporte bretão".
Esporte bretão, no caso, é o futebol, entenderam?
Era assim que coleguinha diziam antigamente. E alguns continuar a dizer ainda hoje.
Pois é.
O jogo foi no Mangueirão porque a Tuna, a mandante, quis que fosse lá.
Pois agora, os clubes de Belém, a Tuna dentre eles, não poderão reclamar de gramados como o do Parque do Bacurau, em Cametá, e do Zinho de Oliveira, em Marabá.
Porque o tapete verde (hehehe) do Mangueirão, no estado em que se encontra, está pior do que esses. Transformou num tepete todo furado. Cheio de buracos.
E olhem que não choveu na hora do jogo.
Se tivesse chovido, seria preciso chamar a onzena do Seal (a tropa de elite da Marinha americana) para jogar lá.
Sem brincadeira.