Esquina em Batista Campos vira zona da bandidagem

Olhem só, meus caros - e minhas caras.
Aquela esquina ali da Conselheiro com a Serzedelo, no coração de Batista Campos, um dos bairros mais nobres, chiques e aprazíveis de Belém, virou uma terra de ninguém.
Aquilo ali virou uma zona da bandidagem.
Bandidos - uns seis ou oito, inclusive uma mulher - fizeram dessa área o seu território.
E ali imperam.
Ficam sempre embaixo de umas marquises na Conselheiro, quase chegando na Serzedelo, bem aí nesses espaços que aparecem nas fotos tiradas pelo blog no início da madrugada de hoje.
Pois é.
Bem aí nessas áreas é que os bandidos, que também vivem drogados, fazem, acontecem, arrupiam e arrebentam.
Arrebentam literalmente.
Dia desses, um sinhozinho (como diria o Ancelmo Gois), dos seus 60 e tantos, passava pelo local.
Foi atacado brutalmente, coitado.
Em plena luz do dia, foi não apenas roubado como espancado por uns quatro ou cinco bandidos que mandam no pedaço.
O espancamento só não continuou porque outro passante se armou de um pedaço de pau e dissuadiu os agressores.
Ontem à noite, outra ocorrência.
O alvo foi o carro de um jornalista, amigo aqui do Espaço Aberto, que reside no edifício Gilberto Mestrinho.
A mulher dele estacionou o carro, uma Fiorino, em frente ao edifício Uirapuru, pela Serzedelo.
Ela nem bem tinha entrado no prédio quando cinco bandidos - os que imperam nesse território, não se esqueçam - começaram a agir.
Arrombaram o carro e levaram tudo o que estava dentro.
Flagrados no roubo, a turma correu toda para se esconder numa garagem abandonada que fica na Doutor Moraes, bem perto da Fox Vídeo.
Outra vez, vejam só, os bandidos foram parar dentro de um apartamento que fica no terceiro andar do Gilberto Mestrinho.
No terceiro andar, gente.
Acreditem: eles escalaram o edifício por trás e conseguiram entrar no apartamento para roubar.
Moradores do Gilberto Mestrinho e do Uirapuru estão apavorados.
O que fazer?
Chamar a puliça, dirão vocês.
Mas a puliça, é certo, está meio de mãos atadas.
Ou prende os bandidos em flagrante ou então precisa de depoimentos consistentes para abrir o inquérito e efetuar as prisões. Até porque, depois de cada assalto, o bando se escafede do pedaço. Some.
Hoje de madrugada, por exemplo, quando o poster passou por lá para fazer as fotos acima, eles não estavam lá.
Sumiram.
Mas devem voltar.
Voltando, haverão, com certeza, de arrupiar de novo.
Mas parece que, desta vez, a puliça vai abrir o, como dito, competente inquérito para fazer com que a terra de ninguém assuma um mínimo de segurança.
Tomara!