A coluna "Repórter 70", em O LIBERAL de hoje, conta sobre a perseguição cinematográfica, na última sexta-feira à tarde, de um empresário a três homens que haviam acabado de assaltar sua gráfica.
Empresário e bandidos estavam, como se diz, motorizados. Houve tiros e tudo o mais.
No último domingo, secretária aqui da redação, coitada, esperava um micro-ônibus para retornar à casa dela. No coletivo, estavam ela e mais uns cinco passageiros.
Entraram dois bandidos. Fizeram uma limpeza geral. Roubaram tudo o que puderam, inclusive, claro, todo o dinheiro que cada passageiro levava.
Sabem o mais bacana? Sabem o mais comovente?
A puliça, vejam só, fez uma vaquinha, como se diz, para ajudar os passageiros - que ficaram sem dinheiro - a pegar outro coletivo e voltarem para casa.
Também neste último final de semana, no cruzamento da Serzedelo com a Mundurucus, sol a pino, um bandido assaltou motorista num cruzamento.
Todo mundo que estava por perto - os outros motoristas, os caminhantes da praça, os transeuntes, todo mundo - ficou atônito, olhando, sem poder fazer nada, sem esboçar reação, para não levar um tiro.
É assim.
A violência rende todo mundo.
Acua.
Humilha.
Sobressalta.
Espanta.
Imobiliza.
Céus!
5 comentários:
Quem dera que a presença policial fosse intensa e maciça tal qual é a propaganda oficial da tal "segurança" do governo.
E tome reuniões e mais reuniões; viaturas e mais viaturas, mas o que a população sente e sofre é totalmente oposta ao discurso oficial.
A bandidagem tá ganhando de goleada!
Acorda Pará! Chega de tanto papo furado! Senhores da segurança, saiam dos gabinetes refrigerados e tratem de ir nas ruas ver de perto a calamidade nossa de cada dia!
Angela Calmon já disse que muito juiz adora posar com segurança militar à tira-colo. É, a justiça cala e os bandidos crescem e assustam. A impunidade está descontrolada, os policiais prendem e a justiça solta. Há até a máxima que diz que a penitenciária agrícola é uma válvula de escape do sistema penal, com a fugas constantes. A violência vem crescendo e não perdoa ninguém. Semanas atrás a esposa de um prefeito da grande Belém foi perseguida por bandidos. Hoje eu tenho medo de trafegar pelas ruas do Umarizal, principalmente nos finais de semana. Ironia das ironias: hoje sinto-me mais seguro caminhando nas periferias.
Isso quando na campanha Jatene prometia que segurança, saude e educação seriam seu maior compromisso. Dá para notar o nível desse compromisso.
Tenho mêdo de tiroteios no meio da rua. Nunca se sabe a direção das balas. Na vida já estive muito próximo de vários tiroteios no centro da cidade e praticamente na linha de tiro uma três vezes.
A impressão que fica é a de que quem atira e não é ladrão, ou é uma pessoa sem nenhum adestramento, reagindo cegamente aos seus impulsos; ou são os mesmos policiais perseguindo os mesmos bandidos, porque os mesmos juízes mandaram soltá-los das mesmas cadeias.
No início da década de 90, assisti a uma tentativa de execução do bandido "Augustinho" numa passagem do bairro de Nazaré. Tinha acabado de passar porta a dentro, mas um vizinho teve de se proteger dos 30 ou mais disparos atrás de uma mangueira.
Ontem as 9 da manhã, em plena feira da Sta. Luzia, um policial sacou a arma e disparou 5 vezes contra dois meliantes de bicicleta. Ruas movimentadas, calçadas cheias de gente, etc. Na direção em que foram feitos os disparos, provavelmente as balsa atingiram apartamentos no entorno da Doca; mas já vi atavessarem os vidros de um carro e ninguém se apresentou para pagar o prejuízo.
Ontem 13/03, por volta das 11:15h, na Vila Teta, eu acabava de chegar na casa que minha mora, quando uma moradora de lá, foi vitima da abordagem de um ladrão que constantemente é visto por lá. Por sorte da moradora o ladrão se atrapalhou pra descer da bicicleta, dando tempo dela correr e me pedir auxilio e se refugiar na casa. Ainda fiquei esperando o safado pra ver se ele tinha coragem de vir atrás da moça, pois, se viesse teria levado algumas azeitonas no meio do peito.
Hoje dei graças a Deus dele não ter vindo, senão, o pessoal dos Direitos Humanos ainda ia me condenar.
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