A professora Iane Batista, leitora do blog, rema contra a corrente dos que festejam o anúncio, pelo governo do Estado, do pagamento do piso de R$ 1.451,00 para os docentes da rede público de ensino estadual.
"Na prática, nós professores financiaremos o pagamento do piso com nosso próprio abono, ou seja, vai ficar tudo exatamente como está, não teremos ganho algum", diz a professa, em comentário na postagem Von aplaude acordo entre Estado e Sintepp na Educação.
Abaixo, o comentário de Iane Batista:
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Diante da divulgação, com grande destaque por parte da mídia, de que a partir do pagamento do mês de março os professores da rede pública estadual vamos receber o piso nacional do magistério, de R$ 1.941 reais, cabe algumas observações.
Pelo que foi divulgado no próprio site do governo do Estado e da Seduc, o governo vai utilizar o nosso abono FUNDEB, que é de aproximadamente R$ 260 pra incorporar ao vencimento base, que hoje é de aproximadamente 1.281,54, somando assim.
Somando este valor ao abono, teremos R$ 1.541,54; porém, o governo está anunciando um valor de R$ 1.451,00, portanto, com a incorporação do abono ao vencimento, estamos perdendo exatos: R$ 90,54. Ou seja, na prática, nós professores financiaremos o pagamento do piso com nosso próprio abono, ou seja, vai ficar tudo exatamente como está, não teremos ganho algum.
É necessário que se esclareça isto, pois os meios de comunicação estão alardeando aos quatro ventos que o governo estadual vai pagar o piso, mas nao explicam como isto será feito. Conclusão, vai se trocar seis por meia dúzia.
4 comentários:
Quem é politizado sabe que este governador só joga para a platéia. Tudo é jogada de marketing e todo mundo engole.
E aí, vai mandar a polícia descer porrada nos professores "vagabundos" de novo? Agora eles já estão começando a ganhar uma renda digna, não é?
Tudo bem, o piso de 1.451 não é um salário pra tirar ninguém da merda, como diria o Lula. Mas o governo diz que todo professor recém-formado começa recebendo 3.555 e que a média salarial dos 27 mil professores do Pará é de 4 mil e pouco. E o abono incorporado ao salário faz diferença, sim. Aliás, essa incorporação era uma reivindicação antiga da categoria. O professor, claro, precisa ser cada vez mais valorizado. Mas ele já não ganha o salário de fome de antigamente.
"Conheça a verdade e a verdade vos libertará".
Postado no blog A Perereca da Vizinha, da jornalista Ana Célia Pinheiro:
"Jatene gastou R$ 11 bilhões sem licitação em 2011 – ou mais de 90% de tudo o que foi empenhado no ano passado. E em janeiro deste ano despesa empenhada sem licitação já atingiu mais de R$ 913 milhões."
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