Funcionários do Banco da Amazônia elegem escolherão hoje, em eleição que vai durar o dia inteiro, os integrantes do seu Conselho de Administração. Estão na disputa 25 candidatos. Pela primeira vez no Brasil, um banco público elegerá um empregado para compor seu órgão máximo. O candidato que tem o apio da Associação dos Empregados do Basa (Aeba) é o economista Antonio Ximenes Barros. Maranhense, ele está radicado no Pará desde 1974. Atua como analista de Projetos da Área de Fomento e Membro do Grupo de Treinamento do Banco.
"A maioria dos candidatos ao Conselho de Administração é associada da Aeba. São todos honestos e dignos, porém essa eleição é importante demais para nosso futuro e nesse momento a diretoria da Aeba não pode ser omissa. Temos clareza da situação do Banco e de que podemos ajudar a fortalecê-lo. Por isso, empenhamos o nome da diretoria de nossa associação na candidatura de Antonio Ximenes, pela confiança de que os resultados virão", diz o presidente da Aeba, Sílio Kanner.
O Basa, acrescenta Kanner, tem importância essencial para a região. Desde 1942, tem assumido o papel de principal agente de fomento das atividades produtivas da Amazônia. O presidente da Aeba lembra, no entanto, que desde o governo FHC a instituição começou a enfrentar um duplo processo: o descaso dos governos federais e as decisões estratégicas equivocadas das diretorias.
"Se no governo FHC enfrentamos mais diretamente a política liquidacionista, foi nas últimas duas gestões que os efeitos de decisões erradas se fizeram sentir de forma mais aguda, pelo Banco e por seus empregados. Atualmente, o Banco da Amazônia enfrenta enormes desafios e as políticas da Diretoria da empresa, aprovadas inclusive no Conselho de Administração têm se revelado catastróficas. São exemplos do que falamos: a política de tecnologia, centrada na terceirização a partir da concepção de projetos inadequados; a política de crédito baseada numa expansão irresponsável da carteira comercial; a política de crédito de fomento fundada na desestruturação da área nas unidades, gerando confusão de processos, procedimentos e atribuições; a política de controles e risco patina com ferramentas tecnológicas atrasadas; e a política de pessoal baseada num modelo autoritário e penalizador dos empregados, cuja expressão mais visível e política salarial e a negativa de direitos básicos como saúde e previdência", diz Kanner.
Com essa visão crítica sobre as decisões estratégicas da diretoria e imbuídas do espírito de fortalecimento do Banco da Amazônia entendidas como instituição, cuja missão fundamental e o desenvolvimento sustentável da Amazônia, é que a Aeba, reforça Kanner, está apoiando a candidatura de Antonio Ximenes Barros.
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