quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Os dois lados cantam vitória. Mas há mesmo ganhadores?

A sessão de ontem da OAB do Pará, em que o Conselho Secciconal decidiu, finalmente, decretar a nulidade da operação que resultou na venda de um imóvel da Subseção de Altamira para o advogado Robério D'Oliveira, terminou com os dois lados cantando vitória.
De um lado, os conselheiros que desde a primeira hora deste angu todo, estiveram ao lado do presidente Jarbas Vasconcelos.
De outro, os conselheiros que igualmente desde a primeira hora se posicionaram contrariamente aos procedimentos da presidência, a partir do momento que a legalidade do ato começou a ser questionada, inclusive com a constatação de que a chefe do Jurídico da OAB, Cynthia Rocha, falsificara a assinatura do vice-presidente da entidade, Evaldo Pinto.
Os conselheiros favoráveis a Jarbas consideram que, depois da decisão de ontem, a exacerbação de ânimos que tem marcado estes últimos 40 dias tende a arrefecer.
Consideram ainda que a aprovação unânime, pelo Conselho da Seccional, do desfazimento do negócio referente à venda do terreno, sinaliza positivamente, para a opinião pública e para o próprio Conselho Federal, que a OAB do Pará agiu no sentido de restaurar a sua credibilidade, bastante abalada pelos últimos acontecimentos.
De outro lado, os conselheiros opositores a Jarbas Vasconcelos entendem que a nulidade do negócio foi um reconhecimento tácito, pela presidente da entidade, de que houve ilicitudes que deveriam ter sido evitadas desde o início.
A oposição a Jarbas considera também que, com a decisão de ontem, ganhou mais força a possibilidade de que o Conselho Federal venha a decretar a intervenção.
Por quê?
Porque, muito embora o negócio tenha sido desfeito, isso deverá sinalizar que foi desfeito porque havia ilicitudes que não poderão ser reparadas apenas e tão somente com a decretação da nulidade da transação.
E, se tudo isso não bastasse, ainda há a delicadíssima questão que envolve a falsificação da assinatura do vice-presidente Evaldo Pinto.
E esse caso, essencialmente de natureza criminal, ainda vai dar muito mais panos para as mangas. Muito mais.
Essas são as percepções dos dois lados.
Não se sabe mais outros lados vão entrar nessa história.
Não se sabe.

3 comentários:

Anônimo disse...

Talvez os dois grupos sejam os ganhadores! Os perdedores todos sabemos quem são. Graças a Deus nem passei perto da Ordem no dia da eleição, graças a Deus! E tão cedo não pisarei lá, que fiquem lá os grupos vencedores. Aliás, isso faz alguma diferença para nós no dia-a-dia. O que dá pena é que a história e a respeitabilidade da Ordem foi jogada na latrina. Alguns amigos vão lembrar quando eu disse que conhecia essa turma de muitos anos atrás. Eu não disse eles não mudaram nadinha. Tá pensando que dinheiro compra conhecimento, sabedoria, etc....

Anônimo disse...

Os dois grupos estão querendo acordo para evitar a intervenção. Mas a intervenção tá chegando, tá chegando...

Anônimo disse...

Não há vencedores nessa contenda, mas com certeza há um perdedor QUE É A PRÓPRIA OAB. Ela sim perdeu com tudo isso.
Não importando qual o desfecho, a OAB precisará de uma limpeza geral para voltar a ter a credibilidade de outrora.
O atual presidente, se ficar terá um poder (se é que se pode chamar de poder) moribundo, frágil, cabisbaixo...
Assim ficará a Ordem sob esse comnado.