terça-feira, 23 de agosto de 2011

O advogado calou porque não o deixaram falar. É mesmo?

Um leitor Anônimo passou por aqui.
Deixou um curioso - para não dizer curiosíssimo - comentário na postagem intitulada Um silêncio que ecoa, que estronda. Em torno de R$ 301 mil., na qual o blog informa sobre a estupefação de muitos advogados diante da placidez, da condescendência, da passividade, da letargia, do silêncio estrondoso, tonitruante, ensurdecedor do advogado Robério D'Oliveira, diante da intervenção em que a conselheira nata da OAB-PA, a ex-presidente e conselheira federal Angela Salles, cobrou-lhe explicações sobre a origem dos R$ 301 mim que ele utilizou para comprar o terreno de Altamira, negócio que posteriormente foi desfeito.
Pois vejam só o que diz o Anônimo:

Creio que as informações passadas não seguiram a linnha da realidade dos fatos. É certo que a dra. Angela queria que o dr. Robério abrisse sua conta bancária para todos, contudo teve uma ação conjunta entre os conselheiros (tirando uns três ou quatros que são indicados pela ex-presidente para ocupar aquela cadeira) de indignação, onde vários conselheiros se manifestaram em defesa do conselheiro. O dr. Robério só não externou porque não foi lhe dado a palavra.

Hehehe.
Repita-se.
Repitamos: "O dr. Robério só não externou porque não foi lhe dado a palavra".
Mas como?
Olhe só, Anônimo, que o dr. Robério não saiba que você o defende desse jeito.
Que o dr. Robério nem sonhe com esse argumento seu.
Porque essa sua defesa, Anônimo, tem a solidez de uma pluma. Fora de brincadeira.
Olhe, Anônimo, o dr. Robério, diante da crueza, da dureza, da contundência e da objetividade com que a ex-presidente Angela Salles se manifestou, teria todo o direito a usar a palavra.
Se lhe negassem o direito de falar, o dr. Robério, admita-se, tinha todo o direito de externar sua indignação, sua revolta, sua exasperação, seu agastamento fazendo um escarcéu danado no plenário da Ordem.
Tipo assim: "Ou eu tenho o direito de me defender ou então ninguém mais fala aqui".
Ele tinha, Anônimo, todo o direito de fazer isso, porque foi interpelado diante de mais de 40 pessoas e logo depois essa interpelação foi tornada pública, ou seja, transpôs as lindes (toma-te!), os limites, os muros, as paredes, do augusto recinto da OAB do Pará.
Mas não, Anônimo.
Interpelado e - va lá que seja - cassado no seu direito de usar a palavra, o dr. Robério se manteve plácido.
Manteve-se condescendente.
Passivo.
Letárgico.
Silencioso.
Estrondosamente silencioso.
Tonitruantemente silencioso.
Ensurdecedoramente silencioso.
Caro Anônimo, não deixe o dr. Robério saber que você o defende dessa forma.
Faça-nos o favor, Anônimo.
Aliás, faça especialmente esse favor ao dr. Robério, caro Anônimo.
Fora de brincadeira.
De toda a brincadeira.

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