terça-feira, 14 de junho de 2011

E o dinheiro, para onde foi?

Mark Felt, o Garganta Profunda: "Sigam o dinheiro"
O Ministério Público do Estado ainda não encontrou, até agora, qualquer indício sobre o destino do dinheiro – no todo ou em parte – desviado nas fraudes da Assembléia Legislativa.
Mas está de olho.
Está no rastro.
No escândalo de Watergate, vocês sabem, o Garganta Profunda (Deep Throat) – que mais tarde, como viria a se descobrir, era Mark Felt, o segundo homem na hierarquia do FBI – dizia várias vezes aos repórteres Carl Bernstein e Bob Woodward, quando estavam atrás de algum fato novo no escândalo: “Sigam o dinheiro”.
Pois “seguir o dinheiro” é fundamental nas investigações.
É o que faz o Ministério Público, que tenta, entre muitas outras coisas, desvendar essa particularidade nada desprezível.
Afinal, a estimativa de membros da comissão externa da Câmara dos Deputados, que estiveram em Belém em maio passado, é de que pelo menos R$ 60 milhões podem ter escorrido pelo ralo das fraudes na Assembleia, num período que abrange da gestão do tucano Mário Couto à do peemedebista Domingos Juvenil, que presidiu a Assembleia nos últimos quatro anos.
Dificilmente essa dinheirama toda foi empregada apenas para comprar badulaques ali na Praça da República ou então para tomar sorvete na Cairu.
Dificilmente!

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu não me recordo de ter ouvido falar ou lido de roubo do erário o Brasil voltar aos cofres públicos. É essa impunidade fora de moda que faz com que os desmandos continuem. Na ALEPA, um contingente de servidores com bala na agulha se prevalece (ainda) das mordomias que a sociedade nem desconfia. Só para exemplificar cito as licitações e os convênios. Quem for por aí acha parte do dinheiro.

Francisco Sidou disse...

"Onde está o dinheiro" ? Ora, caro poster, "o rato comeu" , como diz a marchinha carnavalesca com muita propriedade. Essa turma é de "profissionais", incluindo os "fantasmas", que não costumam deixar rastros como nos tempos (Oh, tempora, oh mores!) do "Garganta Profunda". Profunda agora só mesmo o desencanto do povo paraense, lesado duplamente, como eleitores e como contribuintes compulsórios. E ainda querem dividir o Pará para aumentar os "dutos" de vazão do dinheiro público para bolsos particulares !