quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Marta só vê à sua frente um monte de Suplicy

Olhem só a foto acima.
Leitores de Brasília é que mandaram para o blog.
É da Agência Senado.
A foto foi enviada a propósito de postagem destacando uma frase de Marta Suplicy - esta verdoenga que aparece aí -, em que ela corrige o presidente do Senado, praticamente pretendendo obrigá-lo a chamar Dilma de presidenta, e não de presidente.
Rsss.
Olhem a cara de dona Marta, ao cruzar com o ex-marido Eduardo Suplicy na área onde fica a Mesa do Senado.
Ela havia acabado de cortar o microfone dele, que, como de costume, não parava de falar.
Foi no primeiro dia dos trabalhos, 1º de fevereiro.
Nesse momento, Suplicy deixava a tribuna e Marta deixava a cadeira de presidente (ela é a 1ª vice) para a chegada de Sarney.
Então, vocês veem.
Em dez dias de trabalhos no augusto plenário do Senado, Marta já cortou o microfone do ex-marido e já impôs seus anseios vernaculares ao presidente da Casa.
Olhem só. Alguém, pelo menos entre os senadores, precisa alguma vez dizer a esta cidadã, a esta senhôura que ela personifica uma homenagem da arrogância à hipocrisia.
Não é de hoje, por exemplo, que a senhôura dá pontapés em Suplicy em público.
Então, ao que parece, a dona vê na frente dela um monte de Suplicy.
Parece que só vê à sua frente um monte de gente cordata, educada, elegante nos modos, que cala a boca imediatamente quando ela manda o cidadão calar a boca.
Tem sido assim com Suplicy.
Ela já o mandou calar a boca em evento público, quando o senador estava na plateia e a senhôura, a própria, estava falando para um auditório na condição de candidata a prefeita de São Paulo, em 2008.
Ela mandou e ele se calou. Tão Suplicy!
Agora, de novo. Ela mandou que ele parasse de falar e Sua Excelência parou! Tão Suplicy!
Depois, corrige de forma petulante o presidente do Senado porque ela, Marta, acha que é presidenta Dilma, e não presidente Dilma.
Esta é a Marta arrogante.
E a Marta que personifica uma homenagem à hipocrisia, onde está?
Está, por exemplo, quando ela se dá ares de mulher do seu tempo, antenada com as liberações morais (uhhh!) de mulher que se aventura em posturas descoladas, de mulher que apoia a causa das minorias, inclusive a dos homossexuais.
Plec, plec, plec. Palmas para dona Marta.
Aqui está a senhôura politicamente correta, destemida, sem medo de agredir, digamos, os convencionalismos (hehehehe).
Pois é.
Mas a mesma senhôura politicamente correta, que desfralda as bandeiras das minorias, foi a que já insinuou porcamente, agressivamente, indignamente, sujamente e hipocritamente que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, seria homossexual, fato ocorrido quando ambos disputavam as eleições para a prefeitura paulistana, em 2008.
Vejam: a mesma Marta politicamente correta tem lá os seus momentos de preconceito que beira a homofobia.
E a mesma Marta que manda o marido calar a boca é a que, oportunisticamente, conservou o sobrenome Suplicy porque isso lhe aproveita - a ela, Marta - politicamente.
Marta, arrogante que só, não pode imaginar que todo mundo é um Suplicy.
Para isso, é preciso que os não-Suplicy digam a ela: "Não sou o Suplicy".
Aliás, essa observação não é um demérito para o senador Suplicy, não.
Ao contrário.
Inclusive o blog já externou, em postagens anteriores, a sua admiração por Suplicy, um político atuante, cortês, bem-intencionado, correto, ainda que às vezes maçante em suas perorações (toma-te!) no Senado.
Mas é uma pena que Suplicy, com todas essas qualidades, não tenha respondido às arrogâncias de sua ex-mulher com a repulsas verbais rigorosas que as ocasiões ensejaram.
Com essa complacência toda, Suplicy contribui para que esta senhôura pense que todos são como ele.
São?
Vós aí, senadores, vossas excelências vão deixar dona Marta vos diga até como devem se referir à presidente - presidente, presidente, mil vezes presidente - Dilma Rousseff?
Vai ser assim mesmo?
Putz!

4 comentários:

Anônimo disse...

Não é Marta, é Mala Suplício!

Anônimo disse...

Coisas do poder. O poder sobe à cabeça.
Bem o disse, certa vez, Thomas Hobbes, em Leviatã: "O homem (gênero) tem uma sede inata pelo poder, que só cessa quando morre".

Anônimo disse...

O BLOG ACABOU ESQUECENDO QUE DENTRE OS ANSEIOS VERNACULARES EMITIDOS PELA SENHÔURA MARTA SUPLICY CONSTA A CÉLEBRE FRASE:"RELAXA E GOZA" NO EPISÓDIO DO APAGÃO AÉREO, QUANDO ELA ERA MINISTRA.LEMBRA?

André Carim disse...

Parabéns, PB, pelo brilhante comentário.