O pessoal aqui da redação – não todos, mas a maioria -, se tivesse domicílio eleitoral de São Paulo, votaria em Eduardo Suplicy (PT).
Suplicy é um dos melhores quadros do PT.
É cordato.
É cortês.
É educado.
É um sujeito de paz.
Tem humildade.
Várias vezes, já pediu desculpas por seus erros. Publicamente.
Suplicy é um crente.
Acredita sinceramente naquilo que prega.
A gente nota isso claramente.
Sua ascendência, que remonta à mais alta burguesia de São Paulo – e do País – não lhe toldou, não lhe obscureceu a sensibilidade social, revelada por inteiro em toda a sua trajetória parlamentar.
Suplicy tem caráter.
Um bom caráter.
Suplicy é aquele “cara legal” com quem gostaríamos de sentar para levar um bom papo.
É uma injustiça medir o senador Suplicy apenas pela sua pouca fluência vocabular.
O Suplicy que fala é um Suplicy maçante.
Claro que é.
Inegavelmente, é.
E mais: Suplicy não é um super-homem.
Tem os seus defeitos.
Quem não os tem.
É preciso, porém, que se respeite o senador Suplicy.
Neste caso específico da crise do Senado – como em tantas outras situações -, ele tem demonstrado coerência.
Sempre defendeu o afastamento de Sarney.
Ontem, foi mais adiante: defendeu a renúncia do presidente da Casa.
Suplicy pode ter errado, ontem, na dose de teatralidade, ao distribuir cartões vermelhos como se fosse árbitro de futebol.
Mas Suplicy, mesmo assim, lavou a nossa alma.
Porque é isso mesmo o que queremos: Sarney fora da presidência do Senado.
É uma pena que, no próprio PT, um quadro como Eduardo Suplicy não seja considerado na devida dimensão de suas qualidades.
É uma pena que, em seu próprio partido, ele seja considerado um chato, um impertinente.
Talvez o seja porque, repita-se, porque é um crente e não abandona as suas ideias, os seus princípios, os seus sonhos.
Suplicy deveria ser mais respeitado em seu próprio partido.
Mas o próprio PT, para respeitar Suplicy, precisaria se dar o respeito.
Sobretudo nesta crise.
E, neste crise, o PT se respeita? Tem se respeitado?
Suplicy, com certeza, se respeita, ainda que não seja respeitado em seu próprio partido.
E o PT?
7 comentários:
Ué... não entendi... O Sr. afirma que Suplicy se respeita (depois daquela cena deplorável, patética, chocante de ontem, eu não tenho mais dúvidas que aquele senhor está em avançado estado de senilidade... o que explica alguém achar que gestos tão afetados, tão artificiais, podem ser passíveis de alguma credibilidade? Até o cigano Igor faria melhor! Mas prossigamos). Mais abaixo, o Sr. destaca a indagação (coerente, sim, razoável, sim), do Sen. H. Fortes (intimamente ligado ao partido que também dirige a esfomeada mesa diretora do senado, ressalte-se).
Uma postura séria (não teatral de quinta) não se veria obrigada a responder a tal indagação? Ou a pergunta do H. Fortes é descabida?
Não me sinto de alma lavada com aquele gesto mais falso que uma nota de três reais não... Aquela encenação de ontem é apenas mais uma afigurar no panteão do desrespeito às nossas inteligências. Não sei que benefício traz à política, entrar na "vibe" da falsa catarse do "parlapatão". Enfim...
Gostaria que ao menos, da próxima vez, se ele insistir em dar uma de árbitro, cumpra as regras da FIFA: se poste em frente, de frente ao jogador, e mostre o cartão, na cara do infrator. É mais digno.
Fernando Bernardo de Souza Neto
O Suplicy é tudo isso? Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah,! Me poupe.
Olhem só de quem o Suplicy costuma apertar as mãos!
Eles se merecem!!!!!!
Da folha online
O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), submeteu o senador Eduardo Suplicy (SP) a um constrangimento: negou-se a cumprimentá-lo.
A descortesia ocorreu na noite passada, na solenidade de lançamento da candidatura do ex-senador José Eduardo Dutra à presidência do PT.
Suplicy acabara de mostrar, da tribuna do Senado, o "cartão vermelho" a José Sarney. Instara-o a renunciar à presidência. Depois do discurso, foi ao encontro do petismo.
Ao chegar, dirigiu-se à mesa. Pôs-se a cumprimentar os presentes: ministros, governadores e lideranças do partido.
Recebeu a reciprocidade de todos, menos de Berzoini. O presidente do PT estava sentado. Suplicy achegou-se a ele pelas costas.
Estendeu-lhe a mão, como fizera com os demais. E Berzoini deixou a os dedos de Suplicy pendurados no ar.
Foi uma cena rápida. Passou despercebida pela audiência. Mas quem estava próximo testemunhou o mal-estar."
Fernando, bom dia!. A indagação de H. Fortes foi também teatral. Se autoproclamou, no momento, como o defensor da corja que assalta o planalto. Isso porque, da mesma forma teatral, Suplicy lhe desafiou a provar o que ele (Fortes) dizia, e ficou só no bate-boca. ambos foram muito, muito teatrais. A diferença está no que realmente ambos defendem,e a história pública dos dois responde essa indagaçlão.
Um abraço
Tá corretíssima a sua apreciação, "seu" Espaço.
É que as pessoas estão tão acostumadas com as incoerências e metamorfoses (por conveniência) do PT, que soa estranho quando um raro, raríssimo quadro digno e educado como Suplicy se arvora a cobrar decência dessa montanha de indecentes.
Boa, Suplicy, mandou bem!
Não lhe deixem respingar nem os perdigotos do babão Heráclito (nada de) Forte!
Prezado PB,
Votar no Suplicy? Nem pensar!!!
Depois, ele parece ter o raciocínio lento, como se estivesse sob o efeito de sedativos.
Quanto ao cartão, ele parece ter despertado tarde para o problema que representa Sarney na Presidência do Senado. Ou, então, joga para a platéia, ou melhor, seu eleitorado.
Para mim, Suplicy não cheira nem fede e, cá entre nós, já está um pouco crescidinho para bancar o bom moço com essas encenações baratas.
O Heráclito "Fraco" deveria tirar o ovo da boca quando fosse se pronunciar no senado...rs.
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