sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Condel é a verdadeira marreta do Remo

Então é isso!
Sua Excelência a juíza do Trabalho que conduz – ou conduzia – todo esse processo de venda do Baenão bateu o martelo e cancelou o negócio pré-formalizado que incluía a venda do estádio do Remo para uma construtora.
Em consequência, o imóvel vai a leilão, em data ainda não confirmada.
Ao que tudo indica, será vendido a preço irrisório.
Procuram-se culpados.
Cantem um nome aí.
O primeiro que vêm à mente é o de Amaro Klautau, o ás das marreta.
Olhem só.
Faça-se justiça a Sua Senhoria.
A iniciativa da venda do patrimônio do Remo foi dele, foi de sua gestão.
Mas o negócio foi acompanhado – e aprovado – pelo Conselho Deliberativo do Remo.
Mas o Condel do Remo, o que faz mesmo, hein?
Não se culpe, portanto, o cara da marreta.
Aliás, se é verdade que ele se portou de forma deplorável nesse episódio, de outro lado é de se ressaltar que tomou a iniciativa de encontrar uma saída para tirar o clube do caos financeiro em que se encontra.
Nesse processo, foi monitorado pelo Condel.
Se o Condel entrou na parada, então não se culpe apenas o marretador.
Não se culpe.
Responsabilize-se muito mais o Condel, cujos conselheiros – alguns – ensaiaram até decretar o impeachment do mestre da marreta.
E o que aconteceu?
Nada.
Ou por outra, aconteceu tudo: a permanência de Klautau e o inevitável, ao que se diz, leilão do Baenão.
O Condel, em verdade, é a verdadeira marreta do Remo.
Que coisa!

2 comentários:

Francisco Rocha Junior disse...

Caro PB:

Agora surge conselheiro na imprensa dizendo que a solução para o Remo é um empréstimo (como se algum banco fosse dar dinheiro a quem não tem certidões negativas de lugar nenhum) e que confia no presidente AK para encontrar uma saída.
Quanta asneira, se me permites a expressão.
Abs.

Anônimo disse...

Concordo com o Poster.
"O Condel, em verdade, é a verdadeira marreta do Remo."
Isso é vero. Mas como ser diferente? ...
Façamos a distinção entre um Conselho Deliberativo em uma organização administrada profissionalmente. Não passa de maia dúzia de membros, e, dentre eles, alguns que, necessariamente, têm que ter domínio técnico sobre a atividade fim da organização.

No Remo, como nos demais clubes subjugados a padrões de gestão amadora, os Conselhos são, na verdade, uma platéia seleta, geralmente composta de pessoas que poderíamos (provocativamente) qualificar domo "de fino trato" mas quase sempre movidos pelo senso da paixão clubística, nunca ou quase nunca pelo senso da razão.
Sem medo de errar, afirmo que o REMO (também) não tem um Conselho Deliberativo. Tem, sim, uma casta de apaixonados, mais dispostos a brincar de “cabo-de-guerra”, para ver quem dentre dessa jóia de elite, é mais elite.

Quanto ao fracasso da venda do Baenão, paciência, minha gente!
Na cabeça de quem cabe admitir que uma empresa profissional, como a Leal Moreira (ou outra qualquer do ramo) vai comprar "por mais", numa proposta como a que era esperada até pela representante da Justiça do Trabalho, quando, em um leilão o preço é de "queimação"?
Ora, pois! A indústria da construção civil não tem por que perder uma boquinha como será o Baenão em leilão.
Desafio quem possa dizer em contrário.