
“Nesse sentido é que a Festa de Nazaré constitui um marco essencial do que culturalmente é importante para um modo de vida regional. A atualização do mito, além de ressaltar esses padrões, põe em destaque as instâncias de identificação regional: a Festa de Nazaré é uma festa dos paraenses, intrinsicamente regional, e assim é percebida e realizada. Reflete os desejos e anseios de uma população que se orgulha do compartilhamento de valores comuns, sejam eles efetivos, desejados ou idealizados, essencializados na condição humilde daquele que achou a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, "pobre e mestiço" (Moreira, 1971, p. 13) e seus continuadores. Por isso mesmo é que os paraenses, nas mais diversas cidades do Brasil, realizam o seu Círio no segundo domingo de outubro: seja no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife etc. O Círio é reproduzido e os valores regionais compartilhados da mesma forma, seja na procissão, nos pequenos arraiais montados ou na venda e consumo de comidas paraenses.”
Os dois parágrafos acima são de um artigo de ISIDORO ALVES, doutor em Antropologia Social e pesquisador aposentado do Ministério da Ciência e Tecnologia.
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