terça-feira, 4 de maio de 2010

Tereza Cordovil revela um pouco do governo Ana Júlia

A jornalista Ana Célia Pinheiro foi à luta.
Botou a mão no telefone e conseguiu uma excelente – porque reveladora – entrevista com Tereza Cordovil, a ex-auditora Geral do Estado.
A mesma Tereza Cordovil que mandou uma papelada e tanta para Assembleia Legislativa.
Ana Célia conta tudo em seu blog, A Perereca da Vizinha.
Confiram os melhores momentos de Tereza Cordovil:

* “Não briguei com ninguém. Tenho o maior respeito e admiração pela governadora: ela é uma guerreira, que chegou ao governo cheia de boas intenções. Não estou saindo chateada com ela. Estou saindo porque não gosto da maneira como o sistema político funciona no Brasil”.

* "O governo está em polvorosa, porque essa coisa toda está com o PMDB, e eu fico me sentindo mal, como se fosse uma arma nas mãos desses partidos. E tenho medo que isso tome uma grandeza que fuja da nossa governabilidade”.

* “No Detran é que tem coisas graves. No Detran, Sespa, Seduc e Asipag são os mais graves. O resto são casos de gestão. Na minha opinião, não tem ‘bomba’. Mas, não sei o que os outros vão achar”.

* "O Governo não é uma podridão”.

* “O Maurílio [Monteiro, secretário] nunca foi contra mim. Ele me apoiou muito. É uma pessoa muito boa, um intelectual”.

* No lado oposto estariam, porém, o consultor geral do Estado, Carlos Botelho, “que sempre deu péssimos conselhos à Ana”, e o ex-chefe da Casa Civil, Cláudio Puty. “Esses são os dois que nunca gostaram de mim”.

Cliquem aqui e confiram a entrevista na íntegra.

2 comentários:

Anônimo disse...

Por que essa senhora, que agora quer posar de vestal da moralidade pública, não falou nada quando o teu blog, PB, denunciou o escândalo dos kits escolares?

Por que a AGE não agiu imediatamente e do mesmo modo que agiu lá no hospital Ophyr Loyola?

Agora, quando tem que sair, empacota relatórios, manda-os para ALEPA e corre para a imprensa para posar como se fosse a própria personificação da moralidade pública quando, lá atrás, o silêncio eloquente dela deixou claro que a AGE fora usada como ferramenta para fins políticos do atual governo.

Demais disso, entendo que a AGE, com todo o respeito que merece, é uma instituição completamente dispensável porque, em primeiro lugar, o trabalho de auditar os órgãos do governo já é feito externamente pelo Tribunal de Contas do Estado do Pará e, em segundo lugar, as assessorias jurídicas de cada órgão também realizam internamente esse trabalho de fiscalização horizontal (accountability horizontal).

Se a AGE simplesmente desaparecesse amanhã, ninguém notaria sua ausência dada a justaposição de funções com o TCE, sendo que este último tem o poder (e a vantagem) de aplicar multas, o que escapa à competência limitada da AGE.

Anônimo disse...

Rapaz, esse TCE nem concurso faz! Ou faz?
Como, então, pode funcionar bem?
Seria bom o TCE divulgar pela imprensa quantos servidores têm, quantos são concursados e quantos entraram pela janela e quais suas remunerações.