José Carlos Lima, o Zé Carlos do PV, está com tudo.
Está com tudo no seu blog.
Na condição de quem está nos braços de Ana Júlia, que o acalentará como aliado para a eleição de outubro, ele senta a pua na substituição operada na Casa Civil.
Numa postagem intitulada O poder cega, diz o verde Zé Carlos, lá pelas tantas.
Paulo Rocha, no afã de conquistar o segundo voto do PMDB para sua candidatura a senador, esta se deixando usar por Jader para criar dificuldades para o Governo da Ana Júlia. Isto é cristalino, mas o Paulo não vê ou finge que não percebe.
E depois:
Agora o PT, leia-se Paulo Rocha, forçou a Governadora a indicar um membro de sua tendência, Dr. Everaldo Martins, que simplesmente é irmão do candidato a deputado federal Carlos Martins. Veja o problemaço que Paulo Rocha criou.
A Governadora não mantém com Everaldo uma relação de trabalho e de política interna. Nestes meses de governo e de campanha vai ser obrigado a criar. Enquanto isso não acontecer, por problemas de funcionalidade, muita coisas vai ser decidida e executada fora do âmbito da Casa Civil, esvaziando o seu papel e causando um constrangimento para o novo titular, criando, desnecessariamente, um baita de um problema em plena campanha eleitoral.
Os partidos com quem a Governadora está conversando, PV, PSB, PCdoB, PP, PDT, PRB tem como estratégia eleitoral justamente eleger um deputado federal, cargo almejado pelo irmão do novo chefe da Casa Civil.
Eu, o Ademir Andrade, o Newton Miranda, o Gerson Peres, o Giovani Queiroz, o Pastor Raul Batista, mesmo com toda boa vontade e respeito pelo novo titular do órgão, por obvio, não teremos nele um interlocutor, pois no mínimo, não temos como revelar os nossos redutos de votos e nem nossas estratégias eleitorais. Sob pena delas caírem no conhecimento de um outro concorrente ao mesmo cargo.
Hehehe.
Zé Carlos talvez esteja equivocado.
Talvez.
Primeiro, porque ele já foi filiado ao PT, partido pelo qual se projetou.
Sabe como funciona, portanto, a correlação de forças no PT.
E sabe que essa operação toda que resultará nas mudanças na Casa Civil não foi operada pelo deputado federal Paulo Rocha, individualmente.
As mudanças resultam de um consenso entre três tendências do PT – a Unidade na Luta, a PT Pra Valer e a Articulação Socialista – que representam hoje nada menos de 70% do partido.
Segundo, a governadora tinha a opção de vários nomes para substituir o atual chefe da Casa Civil, Cláudio Puty. Escolheu o de Everaldo Martins Filho.
Terceiro, a governadora é experiente em política.
Pode ainda estar acumulando experiência administrativa, mas tem experiência política.
Não é consistente, pois, o argumento de que Ana Júlia encontrará dificuldades porque não mantém com Everaldo uma relação de trabalho e de política interna. Se ela o aceitou, então é sinal de que está disposta a travar com o novo secretário um relacionamento, antes e acima de tudo, institucional.
Quarto, dizer que ele, Zé Carlos, além de Ademir Andrade, Neuton Miranda, Gerson Peres, Giovanni Queiroz e o Pastor Raul Batista não terão em Everaldo um interlocutor, digamos, confiável é de uma irracionalidade atroz.
Sim, porque Everaldo, se lhe for dada a incumbência de participar das articulações político-eleitorais, estará no desempenho de uma função institucional, por delegação da governadora.
Por tudo isso, como já se disse, o dirigente do PV esteja equivocado.
Aliás, Zé Carlos não ficou por aí.
Numa outra postagem, desanca Jader.
Jader e o PMDB.
O título: O PMDB e a tática da mentira.
Diz o verde Zé Carlos:
[...] A história é que [de 1991 a 1993] Jader fez um péssimo governo, deixou o Estado endividado, contratou muitos temporários, sucateou o sistema de fornecimento de energia quebrando a CELPA, quebrou a COSANPA. O que Carlos Santos fez foi apenas assumir, sem tugir nem mugir, em troca, o PMDB se uniu ao PSDB na Assembléia e aprovou as contas dos dois governos. Eu estava lá e testemunhei.
Toma-te!
7 comentários:
Nãio esquenta, PB.
Amanhã, o querido Zé Carlos diz tudo diferente.
Basta uma primeira conversa com o Eweraldo Martins para ele sair de lá com um sorriso de orelha a orelha e escrever que se surpreendeu, e muito, com as posições do Eweraldinho.
-Nem parece mais o companheiro que ele conviveu um dia, dirá o Zé.
Foi assim.
Está sendo assim.
E será assim.
Porque assim é o Zé carlos, que conheci gráfico, votei nele um dia por acreditar nos seus ideais, mas que, sinceramente, virou sei lá o quê.
Ou melhor, bem sei ....
Coitado do Zé, se ele soubesse que um dia o PT chegaria ao governo, não estaria servindo de boi de piranha. Zé, vai execer a tua profissão de advogado. Chega, já deu pra ti.
Um amigo que não é da onça!!!!
Imagina. Quem é Zé Carlos Lima pra falar, hoje, de quem quer que seja. Ele melhor do que ninguém sabe como operam as correntes políticas internas do PT, até porque foi vítima dessa autofagia petista. Não é à toa que ficou perambulando de partido em partido desde que perdeu a eleição para deputado federal, nas eleições de 1998.
O problema, e ele deixa bem claro no texto (não que seja a intenção dele, apenas um ato falho), é que a atual administração estadual não tem o menor pudor em confundir Estado, governo, PT e as DS's da vida. Lamentável.
E a Ana Júlia, grande Paulo, não tem experiência de nada. Nem política, nem de gestão, nem administrativa-financeira. Ela tem uma trajetória que começou no movimento estudantil, passou pelo sindical, seguiu com os mandatos de deputada federal, senadora, vereadora,mas,infelizmente,constata-se pela sua atuação desastrosa à frente da chefia do Executivo, que não aprendeu nada. Absolutamente nada. Pode perguntar pro Lula.
PB, está certo vc, acrescento mais um item, se Zé Carlos está com medo de perder seus redutos, com PUTY iria perder mais ainda... pois "ele", o Puty, sem oficializar candidatura já estava, sem escrúpulos nenhum, "minando" os redutos de seus colegas petistas, imagina o que faria com os "apenas" coligados
Os únicos votos dos quais me arrependi em minha vida foi na dupla Raul Meireles e Zé Carlos em 1998.
Em minha defesa (ou seja: o que digo para mim mesmo em momentos de autoacusação) é que estava em jogo a sobrevivencia de meu mini grupo. Não fosse isso, teria votado Sinval e Zurita.
O Zé Carlos passou - palavras dele - 20 dos seus trinta anos de vida pública no PT. Desses seguramente 15 lado a lado, unha e carne, com Paulo Rocha. Então conhece bem o mecanismo partidário, como destaca PB. Ele não foi vítima da autofagia petista. Foi vítima do proprio ego e do repique da maré, quando alguns dos que ele prejudicou tiveram instrumentos políticos para a vendeta, inclusive manipulando-os a partir de seu ex-grupo.
Como conhece bem o PT, Zé Carlos finge que não sabe que o que está acontecendo é uma intervenção petista para tentar salvar o governo. Não por conta de Ana Júlia, mas do próprio PT que intervem para tentar que um quadro mais "histórico" (leia-se do Campo Majoritário) governe o Estado a partir de 2010.
A DS entende isso como golpe de estado, e tenta o contra golpe, protegendo silos e casamatas, nos movimentos bem descritos aqui.
Dentro desse figurino, Zé Carlos tenta cortar uma das linhas de suprimento da intervenção petista, qual seja a credibilidade do general escalado para missão, Everaldo Martins.
No entanto, o deveria ser um ataque demolidor contra a usurpação do poder político da govdernadora se torna um patético bater de pé: Everaldo por ser IRMÃO de um candidato a deputado federal não inspira confiança aos seus interlocutores. Mas Claúdio Puty, sendo CANDIDATO a deputado federal é bem mais confiável.
As novelas mexicanas do SBT são mais coerentes em seu enredo e conduzem às lágrimas mais facilmente.
Pela dor ou pelo amor?
Hoje, no almoço, perguntei ao Priante se ele toparia ser candidato ao governo?
- Se o Jader Barbalho não quiser, eu quero.
E quanto as alianças necessárias para fazer uma campanha de sucesso, para vencer?
- Aprendi que no tabuleiro político, as alianças se dão muito mais pela dor do que pelo amor. A classe política e o nosso povo estão muito insatisfeitos com o governo.
O Priante tem coragem, e está muito bem nas pesquisas, em todas as regiões do Estado.
cingicTem mais na lista da autofagia petista, vamos lá: Carlos Guedes, Charles Alcântara, Edilza Fontes e por aí vai. Todos sabedores do be-a-bá do manual de sobrevivência do PT. E longe de mim querer compará-los à conduta do Zé Carlos e ao caminho que ele seguiu. Mas não sobreviveram à minúscula DS, mas que hoje controla os cargos no governo e se valhe disso para manter uma relação nada republicana com o próprio PT e os aliados (?). Situação semelhante ocorreu na primeira gestão Edmilson Rodrigues na Prefeitura de Belém. Na época Ana Júlia acumulava o cargo de vice-prefeita e secretária de Urbanismo. Lembram o que aconteceu com ela?
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