sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O poder de atração zero do governo Ana Júlia

Governos são governos.
Claro que são.
Governos atraem.
Claro que sim.
Governos inebriam.
Quem duvida?
Governos encantam os adesistas de todas as horas, de todos os matizes, de todas as preferências ideológicas.
Bastam que sejam governos.
Em épocas de eleição, então, aí mesmo é que os governos exercem uma atração especial.
Aliás, especialíssima.
Este é o tempo das promessas.
Dos oferecimentos de facilidades.
Das jogos de sedução que se travam nos gabinetes, longe dos olhos do distinto eleitorado.
Assim são os governos.
O poder de sedução que exercem, entretanto, varia muito.
Por aqui, o governo Ana Júlia pode entrar para a história política deste Estado como o primeiro com poder de sedução zero – zeríssimo – para atrair partidos políticos de expressão com vista a um pleito como o que se travará em outubro.
O que seria de se esperar numa hora dessas?
Que os partidos – os de expressão, os que realmente têm representatividade e densidade eleitoral – corressem para os braços de Sua Excelência a governadora Ana Júlia, para se aliarem com ela.
O que acontece, porém?
Acontece o contrário.
Ana Júlia é que corre em direção aos partidos - os de expressão, os que realmente têm representatividade e densidade eleitoral -, mas nenhum, até agora, sinalizou que pretende aliar-se a ela.
Confiram.
O PMDB. A possibilidade de que venha a manter a aliança com Ana Júlia é equivalente à do Íbis, o pior time do mundo, ganhar do Manchester. O Íbis pode até ganhar, mas é muito difícil.
PTB, PDT e PR. Marcham para formar um bloco.
O DEM. Ainda é uma incógnita, mas dificilmente se aliará a Ana Júlia.
O que sobra então para Ana Júlia?
Sobram penduricalhos.
Sobram nanicos dos nanicos.
Sobram partidos com pouquíssima densidade eleitoral.
Serão esses penduricalhos suficientes para garantir a reeleição da governadora?

4 comentários:

Anônimo disse...

Amigo, ontem fui no Teatro Waldemar Henrique e a muito que não ia, para surpresa minha este Teatro completamente abandonado pela SECULT, não tem nem ventilador quanto mais ar condicionado. Será que estão esperando que aconteça alguma coisa de grave para a SECULT mandar corrigir estas coisas. É uma vergonha, tem até camelô na porta vendendo leques e ventarolas para enfretar-mos o calor. Não seria melhor corrigir isto enquato é pouco o estrago? O que este Governo esta fazendo? Ver a banda passar e não fazer nada?

Bia disse...

Bom dia, caro Paulo:

o retrato dos que confundem, alianças com rendição é esse. A sombra dos que fazem alanças/rendições em torno de projeto nenhum e de interesses pessoais de poder, é assim mesmo.

A imagem do grupelho arrogante, desleal, desonesto em todos os princípios, é esta "solidão" política.

Os desajeios que puderem "conquistar" a peso de ouro serão só isto: desajeitos. Como quando você procura colar a alça de uma caneca rachada na outra que não estava rachada, mas que perdeu a alça.

Bem feito. Eles merecem. Merecem esse poder oco, que só ressoa para eles próprios - para alguns, é claro, pessoalmente muito vantojoso esse eco... - para a mentira, para o engôdo.

Cuidaram demais das "pessoas" e esqueceram-se da população.

Abração, Paulo.

Anônimo disse...

A governadora não tem talento para negociar politicamente. Seus "açeçores" estão preocupados em ganhar a eleição deles, ela, é um detalhe. Pensam que na última hora podem ganhar no tapetão. Isso é arriscado e nem sempre funciona. Logo no início de seu mandato, o que se ouvia, era " governo de paz e amor". Como isso é possível, se ela não consegue apaziguar nem as tendências do seu partido?

Anônimo disse...

Ela está cercada de incompetentes. Se juntou ao que de pior o PT tinha nos seus quadros. Por isso afirmo que a culpa desse desastre é dela. Desastre sim, pois essa moça não tem cabeça para governar. Só pensa na reeleição. Aliás, cabeça ela nunca teve. Assistí uma sessão da Câmara Municipal em que ela enfrentou o Ex-Vereador Joaquim Passarinho sustentando a tese de que 5 mil reais seriam suficientes para a manutenção de toda a malha viária de Icoaracy.