No AMAZÔNIA:
João Veloso, do Iphan, revela que o prédio está em processo de tombamento desde a década de 1980. 'É um bem privado, então requer o interesse do dono em pedir ou aceitar. Todo mundo sabe que a partir do momento que um monumento é tombado, ele entra dentro das normas legais de conservação e, às vezes, as pessoas criam uma certa dificuldade e resistência', justifica. Para Veloso, a igreja católica deve agir diante deste caso. 'A salvaguarda do bem do patrimônio é a comunidade. Se a arquidiocese puder ir ao Ministério Público, acho que esse seria o caminho. Ele vendendo, tudo bem. Mas eu acredito que, a partir do momento que ela (capela) se encontra numa área de entorno tombado, acho difícil fazer a demolição', acredita.
A reportagem entrou em contato com o presidente da Fundação Cultural de Belém (Fumbel), Raimundo Pinheiro, que ficou de averiguar se a Capela Pombo era tombada pelo órgão. Porém, ele não foi mais encontrado para falar sobre o assunto.
Enquanto isso, quem frequenta o local já se preocupa com a possibilidade de perder o espaço. 'Sempre que eu venho ao comércio eu passo aqui. É uma capela que a gente se sente bem, faz uma higiene mental. Se venderem, será um mau negócio. Porque, apesar dela ser pequenininha, ela é muito procurada. Eu acho ela uma coisa linda. Isso (vender) é afastar mais os católicos das igrejas. Por isso Belém é ‘a terra do já teve’', queixou-se a aposentada Graça Oliveira, de 61 anos. Já a pedagoga Ana Novo Guerreiro, de 39 anos, se surpreendeu com a notícia de que a capela em que ela costuma rezar quando vai ao Comércio está à venda. 'Gente, isso é um absurdo! Faz parte da história. Eu sempre venho aqui. Sempre rezo. Minha preocupação é que a história vá se acabando. É uma pena', lamentou.
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