sábado, 20 de fevereiro de 2010

A caminho da sucata

Um Anônimo aproveitou a postagem que trata do poder de atração zero do governo Ana Júlia e disse que, na última quinta-feira, deu uma passadinha no Teatro Waldemar, que ela não freqüentava havia algum tempo.
Para surpresa, o Teatro completamente abandonado pela Secult.
Relata o Anônimo:

“Não tem nem ventilador quanto mais ar-condicionado. Será que estão esperando que aconteça alguma coisa de grave para a Secult mandar corrigir estas coisas? É uma vergonha. Tem até camelô na porta vendendo leques e ventarolas para enfrentarmos o calor. Não seria melhor corrigir isto enquanto é pouco o estrago? O que este governo esta fazendo? Ver a banda passar e não fazer nada?

Parece que isso mesmo.
Parece que coisas desse tipo como a que o Anônimo relata não entram no rol de prioridades.
Do contrário, já teriam sido resolvidas.
É possível consertar um ar-condicionado seja menos importante do que, por exemplo, viabilizar o funcionamento de uma siderúrgica em Marabá.
É possível.
Mas o certo é que de ar-condicionado quebrado em ar-condicionado quebrado, o patrimônio do Estado vai virando sucata.
O que é uma pena.
Vejam o caso do Theatro da Paz.
Caiu uma parte do forro.
O que disseram?
Disseram que isso não tinha muita importância.
Aliás, insinuaram que não tinha importância alguma.
Por quê?
Porque o forro desabado não faz parte da estrutura original – e portanto histórica - do teatro.
Putz!

6 comentários:

Anônimo disse...

O que se espera de um GOverno que em 38 meses a sua grande obra foi a inauguração das panelas do Hangar que já estavam compradas e pagas pelo Governo anterior? Questiono desde o primeiro dia este Governo quanto a construção do Hospital Oncologico Infantil Ofir Loyola, o Estado recebeu dinheiro para a construção desta obra atraves do BNDES e era para estar concluido em Dezembro/2008 e esta obra esta paradinha e não se sabe onde este Governo meteu o nossso dinheiro e o pior neste inicio do ano a nossa Governadora em entrevista ao Diario do Pará disse que este Hospital não tem importancia. Se não tem importancia porque pegou o dinheiro e não fez esta obra? Onde está este dinheiro?

sílvia disse...

Grande Paulo,

Infelizmente o secretário Edilson Moura parece ignorar solenemente o patrimônio e a cultura paraenses. Tem o descaso com o Teatro da Paz, com o Waldemar Henrique, com os profissionais da Amazônia Jazz Band, que receberam os quatro meses de salários atrasados pouco antes do carnaval, e tem mais: deixou ruir a Escola Monsenhor Mâncio Ribeiro e esqueceu a Casa da Cultura, ambos em Bragança.

O prédio da escola, completamente abandonado, é alvo fácil para saques e vandalismo. Ele é patrimônio histórico e protegido pelo Decreto Municipal Nº 010/2008. É justo lembrar que a deputada Simone Morgado disponibilizou recursos de mais de R$ 1 milhão, aprovado no Orçamento Geral do Estado de 2008, para a restauração do patrimônio. Mas até agora, nada.
Pertencente à Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o prédio foi construído em 1929 e abrigava uma escola de nível fundamental, mas quando foi desativado para o restauro – o que nunca aconteceu -, foi saqueado. Já foram retirados os pisos feitos em madeira de lei (pau-amarelo), as janelas, o madeirame e até a imagem em mármore do Cristo crucificado. No início do ano passado, devido à intervenção da deputada, a Secult enviou uma equipe de engenheiros e arquitetos para dar início ao processo de restauração em caráter emergencial do Mâncio Ribeiro. Nada foi feito.
Igualmente grave é a situação da Casa da Cultura de Bragança. O governo expressa na mensagem que encaminhou à Assembleia Legislativa agora em fevereiro, que “a recuperação da cobertura da Casa da Cultura movimentará R$ 125 mil”. É possível que esse ano, de promessas eleitoreiras, os obras sejam executadas. Vamos aguardar.
Tenho fotos (caso precises) que mostram o tratamento que a Secult e seu titular dispensam ao patrimônio do povo paraense.

sílvia

Anônimo disse...

A SECULT, neste Governo so serve para empregar DAS. Onde se viu um Governo que diz que apoia a cultura do Estado tratar os Teatros desta maneira e olhe que estes teatros estão na capital, na vista de nossas "autoridades", imagine como o Estado esta cuidando a cultura no interior do Estado? Será que este emprestimo que o Govwerno quer de 366 milhões é para ser usado na cultura ou é para a campanha politica que ora se avizinha? É uma vergonha ter na porta do Teatro Waldemar Henrique uma banca de venda de ventarolas, é o fim da picada!

Anônimo disse...

Quem frequenta, como eu por conta de pesquisa que realizo, a Biblioteca Pública Arthur Vianna, é preocupante o descaso com o Centur, que abriga um valiosíssimo acervo documental e bibliográfico.
Talvez quando acontecer uma tragédia, e somente se a mídia ficar sabendo, é que vão querer tomar alguma providencia.

Poster disse...

Claro, Sílvia.
Quero as fotos, sim.
Pode mandar.
Abs.

Anônimo disse...

É conveniente que o Anderson - lembram dele de outra postagem ? leia isso para ver os avanços do governo petista.