No AMAZÔNIA:
Fábio Maia há duas semanas começou a vender mídias piratas. 'Eu era pedreiro, mas estava ficando difícil achar obras para trabalhar. Tenho um filho de 11 anos e preciso ajudar no sustento dele', conta. Fábio afirma que pretende continuar a vender DVDs pois não tem outra ocupação. 'Eu preferia ter um emprego com carteira assinada, mesmo que eu ganhasse menos do que eu ganho atualmente. Aqui não tenho garantia nenhuma. A qualquer momento a Secon pode ver e levar toda a minha mercadoria. Não trabalho tranquilo', argumenta.
Porém, ao mesmo tempo em que a pirataria gera o crescimento dos índices de mão de obra absorvida pelo mercado informal, também contribui para o fim de empresas que trabalham legalmente com DVDs. Muitas são obrigadas a fechar as portas ou, pelo menos, demitir funcionários. Alexandre Oliveira trabalhou durante quase cinco anos em uma videolocadora e agora está desempregado. Ele conta que se preparou aos poucos para o fechamento da loja: 'Como trabalhamos diariamente, percebemos que o mercado foi mudando, principalmente, nos dois últimos anos. Agora, não existem mais locadoras que se sustentem apenas da locação. A estratégia que nós tentamos foi agregar outros serviços, mas mesmo assim não foi possível continuar'.
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