segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pirataria é irreversível

No AMAZÔNIA:

Comprar um DVD pirata em Belém não é tarefa difícil. Nas praças, comércio, calçadas, em cada canto da cidade é possível encontrar alguém vendendo o produto. No ano passado foram apreendidos cerca de 140 mil CDs e DVDs falsificados em Belém. Esta atividade, considerada ilegal pela Constituição brasileira, tornou-se muito popular. O próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, causou polêmica ao assumir que assistiu ao filme 'Os dois filhos de Francisco' em uma mídia pirata. A pirataria absorve uma grande quantidade de trabalhadores informais, mas tem contribuído para a falência de diversas empresas. As que conseguiram permanecer no mercado, apostaram na diversificação dos produtos e serviços. Para o crítico de cinema paraense, Pedro Veriano, ela se tornou irreversível. Ainda assim, existem pessoas que se recusam a consumir estes produtos.
Este ano, a Secretaria Municipal de Economia (Secon) apreendeu cerca de 20 mil CDs e DVDs piratas. Em 2008, as fiscalizações realizadas no centro comercial, travessa Padre Eutíquio, São Brás e Entroncamento, resultaram na apreensão de 140 mil mídias piratas, as quais foram destruídas por tratores no aterro sanitário do Aurá. De acordo com diretora do Departamento de Comércio em Vias Públicas da Secon, Celina Oliveira, o problema da pirataria cresceu muito, sobretudo nos últimos dois anos, devido à facilidade de adquirir equipamentos para fabricar réplicas. Ela alega que são necessárias campanhas para a conscientização da sociedade: 'As pessoas que compram não têm conhecimento de que também estão cometendo um crime e os danos que os DVDs piratas causam ao seu aparelho'. A diretora alega que o combate à pirataria é difícil em decorrência de sua grande expansão, mas que a polícia está realizando um ótimo trabalho de investigação dos pontos de réplica e apreensão de produtos ilegais.
No entanto, para o ex-presidente da Associação Paraense de Críticos de Cinema, Pedro Veriano, a pirataria já se estabeleceu definitivamente. 'A pirataria é como o jogo do bicho: é proibida mas não banida. Veio para ficar. Ela prejudica o exibidor (de cinema), o dono de locadora de vídeo e geralmente se adapta ao que há de pior em termos de consumo, optando por cópias só dubladas, sem enquadramento original, e borradas por serem cópias de cópias', afirma. Segundo ele, ainda que a pirataria disponibilize ao consumidor filmes que não chegam às lojas e salas de exibição, não deve ser considerada benéfica à sociedade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Querem os "lançamentos" da semana, muitas vezes antes dos cinemas e locadoras?
Passem na sexta e sábado lá pela Doca com Boaventura, ou na 9 de janeiro com Magalhães Barata!
Vai encontrar dvds quentinhos, saidos do "forno", à vontade.
São aos montes, montes mesmo!!!
Tem para todos os gostos, até da puliça...

Anônimo disse...

O Comercio é o grande culpado de ter piratas. Onde se viu um DVD sem ser pirata custar R$ 70,00 ou mais quando no camelodromo custa R$ 2,00. Este pessoal deveria se mirar na Banda Calypso, que produz seus DVD e vende por R$ 12,00 será que a Banda tem prejuizo?