sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Transplantados renais sofrem com falta de remédio

No AMAZÔNIA:

Cerca de 130 transplantados renais crônicos estão sem medicação adequada no Estado e prestes a ter se que submeter a hemodiálise. O imunossupressor 'Tacrolimus', que evita a rejeição do órgão no corpo do paciente, está em falta há 15 dias nas prateleiras do Ofir Loyola. O mais agravante, segundo denúncias dos doentes, é que não há o remédio nem mesmo para os internos do hospital.
Procurada pelo Amazônia para esclarecer a deficiência no estoque do 'Tacrolimus', a Secretaria Estadual de Saúde (Sespa), responsável pela compra do remédio, não foi encontrada. Mas, de acordo com o presidente da Associação dos Renais Crônicos e Transplantados do Pará (ARCT), Haroldo Teixeira, a medicação específica não chega aos pacientes há duas semanas. O Ministério Público do Estado já foi acionado e a associação aguarda decisão para ir à Justiça para cobrar uma solução da Sespa. 'A falta do Tacrolimus agrava consideravelmente a situação dos pacientes, pois isso pode levar à perda do órgão transplantado', alerta Teixeira, explicando que, sem o remédio, o nível de rejeição do enxerto varia de 80% a 90%. 'O Estado precisa resolver essa situação o mais rápido possível. Caso contrário, isso pode levar o paciente ao óbito', avisa Paulo Elias de Souza, presidente da Associação Pró-Renal de Castanhal, que ontem deu com a cara na porta do Ofir Loyola e voltou para casa sem o 'Tacrolimus'.
Transplantado há quase quatro anos, Paulo Elias diz que esta não é a primeira vez que falta o imunossupressor para os mais de 100 pacientes da rede pública. Em setembro do ano passado, os doentes renais crônicos tiveram de protestar contra a Sespa para ter o direito à medicação garantido. À época, o titular da secretaria, Walter Amoras, assegurou que o imbróglio não voltaria a se repetir, o que, não está sendo cumprido na atual gestão. Somente na região bragantina são 30 pacientes que precisam do 'Tacrolimus'. 'A Sespa deveria repassar os lotes do remédio para o Ofir Loyola, mas há 15 dias isso não acontece. Eu fui informado de que a secretaria ainda estava fazendo a contagem de preços. Daí, ela tem de fazer a licitação e o empenho. Só nisso vai gastar mais de 30 dias. E como fica a questão dos pacientes que precisam da medicação para sobreviver?', preocupa-se Paulo Elias, que precisa por mês de 120 comprimidos de 1ml do 'Tacrolimus'.

3 comentários:

Anônimo disse...

Paulo por favor, conte-nos alguma coisa boa quanto ao atendimento no setor saúde. Incrível o contraste de vislumbrar a possibilidade de viver mais e melhor devido realizar, com êxito, um procedimento tão complexo quanto um transplante e, por falta de um "simples" medicamento, viver temendo a morte. Não dá para crer.
Maria Souza

Anônimo disse...

Sou transplantado também e tomo diariamente 0,06 miligramas de tracolimus.
É um absurdo a falta deste remédio, porque sem ele aumenta em muito a possibilidade de rejeição do órgão.
O Representante do Ministério Público com certeza vai interpor ação devida para solucionar o problema.
Vocês precisam contactar com um deles que fará o pedido.
É um direito nosso, por isso, lutem, não deixem que a falta de responsabilidade de uns venha prejudicá-los.

sandra barbosa disse...

boa noite..sou tx renal por 2 vezes..e faço um programa na radio onde levo a conscientização da doação...mas tbm posso falr sobre essa falta de remédio...querendo me add..soua sandra barbosa..no meu orkut..
vamos p/luta juntos.
um abraço a tosos