sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Obras param hoje em Belém

No AMAZÔNIA:

Os trabalhadores da indústria da construção civil de Belém amanhecem hoje de braços cruzados nos cerca de 200 canteiros de obras da cidade. A paralisação é nacional e deve durar 24 horas. Em Belém haverá piquetes nas obras do PAC do Tucunduba, executadas pelo governo do Estado, no Pronto-Socorro da 14 de Março, da prefeitura de Belém, e em mais 150 prédios em construção, principalmente nos bairros do Umarizal e do Reduto, incluindo o do novo shoping center da capital. Após os piquetes nos canteiros, os pedreiros, meio-oficiais, serventes e ferreiros vão seguir para se concentrar em frente à sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Belém, na travessa Nove de Janeiro, de onde sairão em passeata pela contramão, na avenida Magalhães Barata, até a sede do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil), na travessa Quintino Bocaiúva, no prédio da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa). Os trabalhadores, que têm como data base o dia 1º de agosto, decidiram pela paralisação em assembleia geral na noite de ontem. Eles reclamam que enviaram a proposta para o acordo salarial 2009 ao Sinduscon há 23 dias e até hoje ainda não teriam recebido nenhuma resposta. 'Nós já temos um indicativo de greve; se não houver negociação os trabalhadores vão fazer uma nova assembleia geral dia 25 para decidir pela greve. Queremos negociar e avançar em nossos direitos', disse o secretário de formação do sindicato dos trabalhadores, Sérgio Luiz de Souza.
Para o novo acordo salarial, os trabalhadores da construção pedem aumento do salário de pedreiro de R$ 680,00 para R$ 820,00, o do servente de R$ 480,00 para R$ 580,00. Além da proposta salarial, os trabalhadores querem aumento de 100% na Participação no Lucro e Resultados (PLR), que hoje é de R$ 220,00 para R$ 440,00, e que paga aos trabalhadores de seis em seis meses. 'O lucro das empresas da construção civil é muito grande, com apartamentos de R$ 300 mil, R$ 500 mil', observam os sindicalistas. Eles também pedem plano de saúde e a troca das quentinhas de R$ 4,00 ou R$ 5,00 por alimentação self service mais saudável.

Um comentário:

Anônimo disse...

É uma vargonha como esses trabalhadores sao tratados por essas empreiteiras, que ganham milhoes de reais construindo apartamentos de luxos.Pagam salários de fome aqueles que os constroem, trabalhadores que sofrem acidentes todos os dias, sao tratados como semi-escravos.