terça-feira, 25 de agosto de 2009

Juiz condena pedófilo a 106 anos de prisão

No AMAZÔNIA:

O professor Claudiomir Andrade Santos foi condenado a 106 anos e quatro meses de reclusão pelo crime de atentado violento ao pudor contra sete crianças com idades entre 5 e 9 anos. As vítimas eram alunas do educador na escola em que ele trabalhava em Salinópolis, no interior do Estado. A pena foi dada pelo juiz de direito Heyder Tavares da Silva Ferreira, titular da comarca do município.
O processo mostra que o professor abusou sexualmente das meninas, que estudavam em duas turmas diferentes na Escola Municipal Professor Orlando Moisés Correa, em Salinópolis. Os abusos aconteciam dentro da própria escola e, para não ser denunciado, Claudiomir dava dinheiro às crianças para que elas não contassem nada a ninguém. Só que esse esquema não durou muito tempo. No dia 3 de abril de 2008, a mãe de uma das vítimas registrou uma ocorrência policial contra o educador alegando achar estranho a filha chegar em casa com dinheiro dado pelo professor. Ela registrou no mesmo documento que tinha proibido a criança de aceitar novamente qualquer quantia dada por Claudiomir.
A notícia caiu como uma bomba para os pais dos alunos da escola. Segundo depoimentos de alguns responsáveis, o professor estava acima de qualquer suspeita e era um profissional presente, carinhoso, preocupado com a segurança e o bem estar dos alunos. Todas as crianças ouvidas demonstraram algum grau de abalo emocional ao falar do ex-professor e se referiram a ele com tristeza, timidez, mágoa e, às vezes, choro.
A argumentação usada pela defesa se sustentou no fato de o réu ser um homem trabalhador, cumpridor de seus deveres e obrigações, respeitador, prestativo, dedicado e com grande amor à profissão que exercia e que, por esta razão, não poderia ter praticado o ato descrito. A defesa alegou também serem contraditórios os depoimentos das vítimas e seus familiares.
A acusação argumentou com base nos depoimentos das alunas vítimas dos abusos, seus familiares e da diretora da escola, além do exame de corpo de delito feito nas crianças comprovando o abuso praticado nas vítimas. O juiz negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, decretando assim a perda do cargo público pelo professor.
Claudiomir Andrade Santos teve uma pena decretada para cada vítima. Ele teve três penas de 14 anos de reclusão e outras quatro de 16 anos e quatro meses de prisão, totalizando assim uma condenação de 106 anos e quatro meses.

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