quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Governo exonera diretor

No AMAZÔNIA:

O diretor do Hospital Abelardo Santos, José Aldo de Oliveira Pinho, foi exonerado do
cargo pela governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, após denúncia de que um estudante de Medicina, do quarto ano, da Universidade Estadual do Pará (Uepa), estava atendendo pacientes como se fosse o médico, sem supervisão e ainda usando o carimbo com registro do diretor, a partir de seu consentimento. A Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) vai abrir sindicância para apurar a conduta do médico. De acordo com a nota encaminhada pela Sespa, 'está sendo aberto procedimento administrativo disciplinar para medir a extensão do caso'. O pedido de exoneração do diretor do hospital já foi encaminhado para publicação no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira.
O estudante Alan Kardec de Souza, 35 anos, por telefone, disse que não precisava se justificar de nada e não quis dar maiores esclarecimentos. Antes de desligar o telefone, disse apenas sua imagem foi usada indevidamente e que isso já estaria lhe acarretando vários problemas, principalmente na família.
A Universidade do Estado do Pará (Uepa) informou, também por meio de nota, que Alan Kardec Moura de Souza está regularmente matriculado, mas não possui 'qualquer atividade de estágio em hospitais vinculados à universidade'. A universidade também esclareceu que estágios supervisionados, chamado de internato, só ocorrem durante o 5º e 6º anos do curso, em hospitais conveniados e unidades de saúde, sempre com a supervisão de docentes. O que não é o caso do hospital Aberlardo Santos, sem vínculos de convênio com a instituição. A Uepa espera a formalização da denúncia contra o estudante por escrito, para encaminhá-la ao Colegiado do Curso de Medicina (Comed). O aluno poderá sofrer desde uma advertência, suspensão de atividades, até a sua exclusão do curso.
A presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Fátima Couceiro, garantiu que já foi aberta sindicância para apurar os atos do profissional do médico e esclareceu que a entidade não pode investigar ou punir o estudante. Se o CRM entender que houve infração, um processo será aberto e caso seja considerado culpado, o médico pode receber quatro tipos de penalidades, previstas no código de ética da profissão: advertência confidencial, censura confidencial, censura pública em publicação oficial, suspensão do registro profissional por 30 dias ou cassação do registro. No Pará, nenhum médico teve o registro cassado, segundo a corregedoria do CRM. Quatro profissionais estão sendo investigados, mas as informações são sigilosas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Faltou ser abordado na noticia o crime de falsidade ideologica cometido pelo "medico" e que deveria ser denunciado pelo MPE, além de eventuais crimes resultantes das consultas executadas.