No AMAZÔNIA:
De cada nove farmácias instaladas em Ananindeua, há pelo menos uma funcionando de forma irregular. A Vigilância Sanitária daquele município, com o apoio do Conselho Regional de Farmácia do Pará, autuou e interditou, na última semana, doze estabelecimentos comerciais que vendiam remédios sem qualquer permissão - a maioria, pequenas farmácias de bairro que já tinham sido notificadas. Todas também descumpriam normas do Ministério da Saúde para a comercialização e estocagem de medicamentos. Ontem pela manhã, os fiscais do Conselho Regional de Farmácia estiveram no bairro do Icuí-Guajará. Três pequenas farmácias que funcionavam de forma precária foram fechadas. Os proprietários foram autuados e orientados a procurar a Vigilância Sanitária do município para receber orientações.
Nelson Oliveira, chefe da fiscalização pelo Conselho Regional de Farmácia, relata que em todas as farmácias interditadas de Ananindeua foram constatados irregularidades graves, como a venda de medicamentos com prazo de validade vencido e a falta de profissionais farmacêuticos no balcão. Também foram encontrados caixas de remédios violadas que indicam a venda fracionada irregular de comprimidos. 'Em uma das farmácias que visitamos, encontramos remédios vencidos há dois anos, mal conservados, em instalações bastante precárias', afirma Nelson Oliveria. 'É um desserviço que estes pequenos comerciantes prestam à saúde pública'.
A maioria dos estabelecimentos visitados e autuados pelo Conselho Regional de Farmácia e Vigilância Sanitária em Ananindeua está localizado em áreas pobres, onde o acesso da população aos serviços de saúde não é facilitado. A Vigilância de Ananindeua registra o funcionamento regular de 70 farmácias. Fabrícia Soares, coordenadora do serviço de fiscalização a estes estabelecimentos estima que o universo de farmácias irregulares é maior do que aquilo que já foi detectado durante a semana de fiscalização. 'Foram 12 processos de interdito, nove farmácias fechadas. Só hoje (ontem), foram mais três autuadas', diz Fabrícia. Das nove fechadas no primeiro dia de fiscalização, três voltaram a funcionar depois de se adequar às normas de funcionamento.
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