No AMAZÔNIA:
Um tenente-coronel da Aeronáutica é acusado de ter efetuado diversos disparos contra dois jovens, no bairro do Guamá, na última terça-feira. Um dos rapazes foi atingido e a família clama por justiça. O acusado é o tenente-coronel Giovanny do Livramento Batista, e o fato ocorreu nas proximidades de um bar localizado na travessa Castelo Branco, esquina com a Paes de Souza, por volta das 22h30 de terça. A Corregedoria Militar foi acionada para apurar a denúncia.
Max de Paiva Gesta, de 31 anos, foi atingido nas costas por um disparo e, segundo o pai dele, por pouco não ficou paraplégico. O primo de Max, Jhon Kennedy Gesta, conseguiu se esquivar dos tiros e não foi atingido. Ele prestou depoimento ontem pela manhã na Seccional Urbana do Guamá.
Segundo o pai de Max, Makysanor Gesta, de 56 anos, o fato teve início dentro do bar, onde houve uma confusão. Depois, Max e Jhon foram para a rua e, segundo denúncias, um homem chamado Delismar de Oliveira Capucho Júnior mandou Giovanny 'atirar para matar' os primos.
'Ele (tenente) descarregou uma pistola na direção dos rapazes, que saíram correndo. Foram doze disparos e um deles atingiu meu filho', disse Makysanor. De acordo com ele, Delismar chegou a ser detido e levado para a Seccional do Guamá, mas foi liberado no dia seguinte. Giovanny também esteve na unidade policial após o fato, mas foi embora sem aguardar o início os procedimentos cabíveis.
Makysanor afirmou que está procurando os meios legais para resolver o problema. 'Este fato não pode ficar assim. Se a Justiça não fizer nada, eu vou fazer', afirmou. De acordo com ele, além de tenente-coronel, o acusado também é segurança de uma empresa particular. Jhon Kennedy relatou que não foi atingido porque correu em ziguezague. 'Eu fiz o possível pra me livrar dos tiros, mas meu primo foi atingido', relatou, na Seccional de Icoaraci.
A reportagem não localizou o acusado para ouvir a versão dele sobre os fatos. Segundo informações, ele mandará um advogado representá-lo na unidade policial do Guamá, onde está instaurado o inquérito policial.
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