quarta-feira, 1 de abril de 2009

Pronto-socorros incham com atendimentos fora do perfil

O blog recebeu, e as publica, as seguintes informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Belém:

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Os Hospitais Pronto-Socorro Mário Pinotti (14 de Março) e Humberto Maradei (Guamá) receberam ontem a inspeção do juiz federal Antonio Carlos Campelo. No momento da visita, o Pronto-Socorro da 14 de Março estava com 50 leitos, ou um terço dos seus 150 leitos, ocupados por pacientes de patologias fora de perfil, mas que não conseguem leitos em outros hospitais onde deveriam ser tratados.
São pacientes de cirrose hepática e câncer, que deveriam estar no Hospital Ofir Loyola; pacientes de tuberculose e Aids, doenças infecto-contagiosas que deveriam ser tratadas no Barros Barreto, e crianças com hidrocefalia e pneumonia, para as quais a referência é a Santa Casa. Esses hospitais foram intimados pelo Ministério da Saúde a comparecer nesta quarta-feira (1/4), às 14h30 em Brasília, para uma reunião que deverá tratar do atendimento de urgência que deveria ser prestado por eles dentro de seus perfis.
Dos 150 leitos da 14 de Março, 69 também estavam ocupados por pacientes de outros municípios.
No Guamá, o juiz Campelo também afirmou que muitos dos pacientes que estão no Pronto-Socorro do Guamá não deveriam estar ali, porque seus quadros de saúde não caracterizam o atendimento oferecido pelo hospital. Segundo a diretora do hospital, Laura Ruth Jorge, são tomados todos os procedimentos de transferências para as outras unidades municipais com especialistas no tratamento das doenças que o pronto-socorro não deveria cuidar, mas que há uma grande dificuldade de se obter leitos para pacientes nos hospitais Barros Barreto, Santa Casa e Ofir Loyola, onde muitos pacientes deveriam estar, a exemplo dos pacientes de tuberculose e HIV/Aids, portadores de doenças infecto-contagiosas e para os quais o HPSM Guamá não tem sequer medicação adequada. Muitos pacientes também não têm a documentação solicitada para a transferência. Alguns deles são moradores de rua.
Alguns pacientes inicialmente informaram ser moradores de Belém, mas, com a requisição de documentação para internação, constatou-se que eles são de outros municípios do interior do Estado, como Anajás e Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, Ananindeua, Tailândia, Moju e outros municípios. A diretora do hospital informou a Campelo que os 68 leitos do hospital estavam lotados e 86 pacientes estavam internados, somando-se as macas. Dos 68 leitos regulares, 32 estavam ocupados por paciente de outros municípios naquele momento, que representa 48% dos leitos. Além disso, 28 pacientes ou 42% dos leitos eram de patologia fora do perfil de atendimento do HPSM, doenças como tuberculose, diabetes, HIV/Aids e até pacientes renais.

Um comentário:

Anônimo disse...

A Prefeitura esquece de dizer que recebe dinheiro do SUS, para fazer todo e qualquer atendimento, portanto não é favor e sim obrigação atender e atender muito bem. Se não pode fazer este serviço não deveria receber todos os meses os milhões que o SUS lhe repassa.