A primeira decisão da semana

No AMAZÔNIA:

A apenas o primeiro jogo da segunda fase da Copa do Brasil. Para o Remo, porém, a partida de hoje, contra o Flamengo-RJ, às 21h50, no Mangueirão, equivale a uma final de campeonato. Também pudera.
Na semana em que decidirá seu futuro na temporada - precisa passar pelo Paysandu na semifinal do returno do Parazão, domingo que vem, para continuar vivo na competição -, esta será a grande oportunidade do Leão Azul mostrar serviço diante de uma equipe do primeiro escalão do futebol nacional. Isso tudo acabou causando uma enorme expectativa na torcida, que deve lotar o estádio para o maior desafio da equipe em 2009.
Até ontem, mais de 80% dos ingressos para o 'Re-Fla', já haviam sido vendidos antecipadamente. Prova manifesta de que a torcida tentou fazer a sua parte - parcialmente impedida pelos cambistas - para que o Leão consiga arrecadar uma renda próxima dos R$ 585 mil reais, já descontadas as despesas do jogo, como pagamento de árbitros e aluguel de campo.
Para isto, os azulinos precisam de qualquer resultado que garanta a partida de volta - vitória, empate ou derrota por um gol de diferença - no Maracanã. Mas a torcida não esconde o desejo de ver o futebol paraense triunfar.
Com os bilhetes de meia-entrada esgotados desde a segunda-feira, a torcida azulina apressou-se ontem para garantir seu lugar no jogo decisivo. Porém, mais uma vez o roteiro comum da venda de ingressos repetiu: torcedores reféns dos altos preços de cambistas.
As vendas de ingressos para arquibancadas e cadeiras aconteceram apenas nas lojas da rede Big Ben. Sem ter conhecimento do fato, vários torcedores compareceram às bilheterias do Baenão e viram a livre ação dos cambistas, que vendiam os ingressos para arquibancadas, originalmente tabeladas em R$ 20, por R$ 30, e as cadeiras, de R$ 40, por R$ 50. O advogado Paulo Henrique Ferreira, que tentou adquirir os bilhetes, saiu revoltado do Baenão. 'Isto é um absurdo, é inadmissível. Tentamos comprar ingresso e vemos que tudo está nas mãos dos cambistas. Depois a diretoria vai dizer que os torcedores não apoiam o clube', disse.
O coronel da PM Edson Nestor, coordenador do evento, comentou que a PM tentou impedir a ação dos cambistas, mas comentou a dificuldade em freá-los. 'Os caras são uns artistas. Trocam de blusa, chama a família, assediam as pessoas nas filas para comprar mais ingressos. É difícil pará-los. Os ingressos são numerados e tentaremos identificar onde ficou a maior evasão, mas é difícil impedir', disse.
Ele comentou ainda que a procura foi muito grande ontem. Dificilmente, sobrarão bilhetes para a hora da partida. 'Quase todos os ingressos de arquibancada foram vendidos em todas as lojas da Big Ben e dificilmente haverá venda na hora', disse. A venda dos bilhetes restantes acontecerá hoje, na Big Ben da avenida Almirante Barroso com travessa Humaitá, a partir das 8 horas da manhã.