sexta-feira, 24 de abril de 2009

Gaúcho fora da final do torneio

No AMAZÔNIA:

Edson Gaúcho está proibido de acompanhar o Paysandu em campo pelos próximos 30 dias. Até que os advogados do clube recorram da decisão do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), o técnico bicolor não disputará as finais do Parazão, marcadas para os dias 3 e 10 de maio. Nem o testemunho do preparador físico Édson Júnior, filho do treinador, nem o do atacante Zé Augusto foram suficientes para evitar a punição. O técnico foi condenado por ofender moralmente o árbitro José Roberto Penna Moura, com base no artigo 187 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
O advogado Bruno Castro, responsável pela defesa do treinador, anunciou que estudará o caso para tentar suspender a pena ou transformá-la em pena social, com a doação de cestas básicas. Apesar da suspensão, o TJD desclassificou a denúncia como 'manifestação desrespeitosa e ofensiva ou ameaça ao árbitro' e considerou que Édson Gaúcho apenas 'ofendeu moralmente' o árbitro no jogo entre Paysandu e São Raimundo, válido pela 6ª rodada do returno do Parazão. 'Conseguimos a desclassificação da denúncia e, em 15 dias, poderemos pedir a transformação da pena', declarou o advogado.
A audiência foi marcada por irregularidades. Tanto as testemunhas quanto o réu prestaram depoimento sem apresentar a carteira de identidade, documentação exigida legalmente. Édson Júnior e Zé Augusto ouviram a defesa do treinador antes de serem ouvidos, o que também desrespeita as normas do julgamento. Contudo, por exceção aberta pelos juízes do TJD, o julgamento seguiu normalmente e, com isso, o temperamento 'esquentado' de Édson Gaúcho prejudicou diretamente o Paysandu pela primeira vez, justamente na final do Estadual.
No final do julgamento, os advogados do Paysandu comemoraram o resultado. Com razão. Se Édson Gaúcho tivesse sido penalizado com a punição máxima, ficaria suspenso por até 180 dias. A estratégia usada pelo advogado Bruno Castro foi o ataque à súmula do árbitro José Roberto Penna Moura. 'Procurei uma palavra para justificar o que diz a súmula e encontrei apenas uma: leviandade', acusou o advogado. O único tiro no pé foi o depoimento de Zé Augusto, que admitiu ter invadido o campo junto com o treinador, o que contribuiria para a condenação de Édson Gaúcho.

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