Leitor aqui do blog andava encabulado com as repetidas correspondências que recebia para renovar assinaturas de publicações da Editora Abril.
Até que, na semana passada, ele assistiu a uma matéria no “Jornal Nacional” sobre o caos instalado nos Correios de Belém. A reportagem relatava casos de correspondências retidas - por entregar - desde novembro de 2008 e exibia depoimentos de pessoas que, todos os meses, pagam compromissos com juros em decorrência dos atrasos na entrega.
“Somos mesmo um povo complacente, quase submisso. Aceitamos tudo passivamente, idiotamente. Sem tugir nem mugir. Como pode um diretor de uma importante empresa como os Correios declarar-se incompetente, como o daqui o fez?”, indaga o leitor.
Ele se referia especialmente a uma afirmação do diretor dos Correios daqui, ao admitir, quase com deleite, ser a empresa que dirige “quase a pior do Brasil, somente atrás em avaliações da do Amapá”, segundo palavras textuais dele.
Os que conhecem os Correios por dentro dizem que os atuais diretores regionais não estão interessados em produtividade, em imagem da empresa, em absolutamente nada. Não têm o menor compromisso com essas coisas. Eles querem apenas o salário de diretor e mais nada!
Quem conhece além dos malotes dos Correios garante que os diretores ficam passeando de avião para cima e para baixo, confortavelmente acomodados em hotéis cinco estrelas pagos pela estatal.
Injunções políticas levam, em boa parte, os Correios a se encontrar nesta situação deplorável.
O PMDB, atualmente, é quem manda no pedaço.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, é do PMDB e o presidente dos Correios também, apesar de ele ser da Caixa Econômica Federal.
E quem conhece os Correios garante: por mais incrível que possa parecer, essa estatal dá lucro. E como dá.
É espantoso!
E para quem sabe, segundo apurou o blog: o atraso na entrega das correspondências (com registro) são indenizadas! O remetente, que é quem paga, tem todo o direito. Está na Lei Postal de 1978.
Por que os Correios estão assim?
Primeiro, em decorrência do descomprometimento de seus dirigentes.
A segunda é a impossibilidade de contratar aeronaves. A Infraero, em vez de facilitar o aluguel de aviões para os Correios, procrastina o quanto pode a normalização mais rápida das entregas.
No momento, ao que se sabe, os Correios negociam com a empresa Azul para fazer a linha no Centro-Oeste, mas não consegue autorização da Infraero.
Coisas que só acontecem no Brasil.
Coisas que só acontecem nos Correios.
Nos Correios, de Norte a Sul, de Leste a Oeste do Brasil.
Que coisa!
2 comentários:
Não se pode comparar competencia com indicação politica! Quando os Correios eram administrados por gente dos seus quadros tudo funcionava. Com acordos politicos o ECT passou a ser gerido por politicos e o resultado e o que estamos vendo. Quem comanda o ECT é o PMDB.
Misturar politica com coisa séria no minimo que se espera é barbalhidade na certa!
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