Na FOLHA DE S.PAULO:
Vinte e sete anos depois de aberta, a ação judicial que pretende obrigar a União a apresentar documentos sobre o conflito e apontar a localização das sepulturas dos militantes de esquerda mortos na guerrilha do Araguaia (1972-1975) permanece insolúvel. Nesse espaço de tempo, sem nenhuma resposta oficial do governo, morreu a metade dos familiares que iniciaram o processo.
Quando a ação foi proposta, em 19 de fevereiro de 1982, o presidente era o general João Figueiredo (1918-1999), a moeda, o cruzeiro e a novela que fazia sucesso, "Elas por Elas".
A ação foi proposta por 22 pessoas, cujos nomes constam até hoje dos registros judiciais por onde a ação passeou -Justiça Federal de primeira instância no Distrito Federal, Tribunal Regional Federal e Supremo Tribunal Federal.
Segundo levantamento feito pela Folha a partir de dados da comissão de familiares de mortos e desaparecidos, dos 22 autores, 11 morreram. Eram mães e pais de parte dos militantes do Araguaia -foco guerrilheiro criado pelo PC do B com a intenção de derrubar a ditadura militar e implantar um governo comunista no país. Segundo o livro "A Ditadura Escancarada", do jornalista Elio Gaspari, morreram no conflito 59 guerrilheiros, 16 soldados do Exército e dez moradores da região.
A maioria dos pais morreu antes mesmo de comemorar a sentença de primeira instância de 2003, proferida pela juíza Solange Salgado, que reconheceu o direito de eles terem acesso aos documentos. A vitória, porém, teve gosto passageiro, já que a União recorreu e o caso foi parar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e, de lá, no STF (Supremo Tribunal Federal). Pelo menos cinco anos de demora na tramitação do processo se devem a recursos protocolados pela AGU (Advocacia Geral da União) já no governo de Lula. No início deste ano, a ação transitou em julgado, não cabendo mais recurso.
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Um comentário:
e os terroristas estão no poder, pode assaltar se armar matar e nada acontece ainda recebe pensão................................fala sério
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