No AMAZÔNIA:
A Justiça decretou, ontem, mais uma vez, a prisão da desembargadora aposentada Ana Tereza Sereni Murrieta, que estava em liberdade. Oficiais de Justiça teriam estado na casa dela para conduzi-la à cadeia, mas ela não teria sido localizada. A informação é extra-oficial, mas o advogado de Murrieta, Osvaldo Serrão, afirmou a que já está com habeas corpus pronto e, caso a decretação seja confirmada, dará entrada hoje.
Segundo Serrão, foi o filho de Murrieta quem informou a ele sobre a presença dos oficiais de Justiça na casa dela. Como ela não estava, eles foram embora. Ainda segundo o advogado, até o final do expediente do Tribunal de Justiça, a decretação da prisão não havia sido publicada, o que impediria a ação dos oficiais. 'Se a prisão não foi publicada, ela não existe. E se não existe, os oficiais não poderiam ter ido até a casa dela. Além disso, a desembargadora está solta por decisão da própria Justiça, já que é primária e tem bons antecedentes. Não havia motivos para uma nova prisão. Logo, o juiz incorreu nos mesmos vícios da decisão anterior, quando a prisão foi decretada sem fundamentação', destacou, referindo-se ao titular da 6ª Vara Criminal, Pedro Sotero, que cuida do caso.
Murrieta é acusada pelo Ministério Público do crime de peculato (roubo praticado por servidor público). Ela teria desviado da conta da 1ª Vara Cível, quando era titular, mais de R$ 3 milhões de custas processuais, entre 1995 e 2000. Elaa foi denunciada pelas vítimas do golpe e o MP apresentou a denúncia à justiça em 2003. Murrieta foi condenada a 12 anos de prisão em 2005 pelo juiz Paulo Jussara, mas não chegou a ser presa. No ano seguinte, o Superior Tribunal de Justiça anulou a sentença, acatando o recurso da defesa, que alegou irregularidades no processo. Todo o processo teve que ser reiniciado em 2006, começando por nova denúncia do MP, sendo escolhido por distribuição o juiz da 6ª Vara Criminal, Pedro Sotero. Durante a nova fase processual, Sotero determinou a realização do exame de sanidade mental da magistrada, que atestou que Murrieta possui capacidade de avaliação e autodefinição dos seus atos.
2 comentários:
Até quando nós, o distinto público, continuaremos a assistir esse jogo de empurra, essa enrolação, essa embromação, esse "passeio" sem fim pelas vielas da "dona justiça"?!
Esse caso é mais um exemplo completo e acabado do quanto se pode espichar, empurrar com a barriga, e adiar a decisão final de um processo, bastando ter o auxílio luxuoso de competente advogado.
Ao que parece, não conseguiram "provar" que a acusada é doida (um caso estranho de transtorno bi-polar no qual as crises só aconteciam a favor, nunca contra a paciente; ela nunca tirou dindim da conta dela, só depositava!), agora partem para a enrolação até, quem sabe, a prescrição final.
E tome habeas corpus.
Até quando?
Anônimo,
A sua pergúnta é a nossa: até quando?
Sua postagem vai para a ribalta.
Urgentemente.
Abs.
Postar um comentário