No AMAZÔNIA:
No final da tarde de ontem, Edivânia Barroso Gomes, de 23 anos, que está no sétimo mês de gravidez, procurou atendimento na Santa Casa de Misericórdia porque descobriu que seus gêmeos já haviam morrido. Mas, segundo ela e sua acompanhante, Ana Mendes, de 56 anos, um médico do hospital teria informado que não havia anestesista de plantão e que ela deveria voltar para casa e retornar mais tarde.
A mãe dos bebês estava desesperada, não parava de chorar. Além do sofrimento, ela temia pela própria saúde, já que já estava com os bebês mortos dentro dela desde a manhã. 'Quando procurei meu médico de manhã ele já não estava mais ouvindo os batimentos cardíacos dos bebês e por isso mandou que eu fizesse uma ultra-sonografia para confirmar o óbito', disse Ana Mendes, que é madrinha de Edivânia.
As duas vieram para Belém e Edivânia fez a ultra-sonografia, à tarde, num consultório localizado às proximidades da praça do Jaú. O exame comprovou as mortes. 'Nós ficamos desesperadas com a notícia e fomos direto para a Santa Casa para fazer os procedimentos médicos adequados. Mas, fomos informados que não havia anestesista e que deveríamos ir para casa e retornar depois. Mas como vamos voltar pra casa, com ela (a afilhada) com dois bebês mortos dentro dela?', questionou, revoltada, Ana Mendes.
A família saiu da Santa Casa de Misericórdia rumo a vários hospitais da cidade, em busca de um atendimento adequado. No início da noite de ontem a assessoria de imprensa da Santa Casa informou que 'até às 19 horas de ontem, a direção do hospital não recebeu nenhum registro formal sobre o caso da paciente em questão e só se manifestará após a própria paciente ou um familiar registrar o caso na Ouvidoria do hospital, para que seja feita a apuração e as providências sejam encaminhadas, com punição dos responsáveis'.
Nenhum comentário:
Postar um comentário