A definição dos candidatos a vice nas chapas majoritárias de Mário Cardoso e José Priante, respectivamente candidatos à Prefeitura de Belém pelo PT e PMDB, foi a grande surpresa no último sábado, dia D para o registro das candidaturas.
Na sexta-feira, a maioria das apostas indicava que Zeca Pirão, então candidato a prefeito pelo PP, o partido que tem o deputado federal Gerson Peres como o comandante-em-chefe no Pará, seria cooptado pelo PT. Se o fosse, seria uma aliança – implausível, vale dizer – entre o partido do presidente Luiz Inácio da Silva e uma legenda que tem na sua gênese a Arena e posteriormente o PDS, partidos que deram sustentação ao regime militar.
A aposta na aliança PT-PP era tão forte em alguns setores, inclusive no PMDB, que o deputado José Priante, na sexta-feira à noite, já se dava quase conformado em ter como companheiro de chapa o deputado estadual Roberto Santos, do pequeno PRB, primeira legenda a anunciar formalmente a adesão à candidatura peemedebista.
Mas a definição veio mesmo na virada de sexta para sábado. Mário Cardoso acabou tendo como vice a presidente municipal do PCdoB, Leila Márcia, no que se consumou como um repeteco de parceria histórica entre as duas legendas.
Priante, de seu lado, terá como companheiro de chapa o pepista Zeca Pirão. E o peemedebista não esconde de ninguém que selar uma aliança com o PP tem o gosto particular de ter tirado Pirão bem de dentro do angu do PT, justamente no momento em que os petistas já passavam mão no tempero para apurar o gosto da aliança com o partido de Gerson Peres.
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