terça-feira, 15 de julho de 2008

Cem câmeras vão vigiar Belém

Na FOLHA DE S.PAULO:

Uma cidade monitorada 24 horas por dia. Essa é a idéia de um projeto do Governo do Estado que prevê a instalação de mais de 100 câmeras de vigilância em pontos de Belém considerados perigosos, sobretudo na periferia da cidade. A escolha desses locais está sendo feita tendo como critério um mapeamento baseado nos dados das diretorias das seccionais e dos comandos das Zonas de Policiamento (Zpol). A informação foi divulgada ontem pelo diretor do Centro Integrado de Operações (Ciop), coronel Osmar Vieira da Costa Júnior.
O processo de licitação para a compra dos equipamentos deve começar em breve e a previsão é de que as 50 primeiras câmeras já estejam instaladas e funcionando durante o Fórum Social Mundial, que ocorre no início do ano que vem.
De acordo com o coronel, que também é o coordenador estadual do projeto Segurança Comunitária, a intenção da medida é levar segurança para as áreas mais carentes da cidade. As primeiras câmeras serão instaladas ao longo do bairro da Terra Firme, sobretudo perto dos campi da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), onde se concentrarão atividades do Fórum Social Mundial. Outras serão colocadas nas cercanias do Hangar Centro de Convenções, que também será um dos pólos do evento. 'Hoje, as câmeras estão concentradas nos logradouros mais movimentados, como o centro comercial, o Entroncamento, a rodovia Augusto Montenegro, entre outros. Queremos levá-las para a periferia. Foi uma decisão do secretário de Segurança Pública', informou.
As câmeras que serão compradas são capazes de girar em torno de seu próprio eixo num ângulo de 360 graus, de focar uma placa a centenas de metros e de identificar a prática de crimes e outros atos ilícitos. O sistema permite a gravação de imagens em qualidade digital em todos os pontos, por um intervalo de 40 dias (armazenadas no servidor). Elas são conduzidas por fibra ótica, com qualidade digital. 'Cada câmera dessas substitui uma viatura naquele local', destacou.
Ainda segundo o coronel, as gravações serão utilizadas na formação dos policiais. Elas serão enviadas para a Academia da Polícia Militar e para a Academia de Polícia Civil. Através delas, os alunos poderão se informar sobre as melhores formas de abordar cada delito.
O coordenador estadual de Segurança Comunitária também informou que ainda este ano, provavelmente em setembro, será lançado o Projeto Terra Firme, um programa de segurança para um dos bairros mais violentos da cidade pautado no conceito de polícia comunitária. 'Não queremos mais centrar nossas ações apenas no conceito de polícia pega bandido. Queremos capacitar não só os nossos policiais mas também a comunidade para atuar nessa questão', completou.

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